A Basílica de São Pedro (San Pietro) é, sem dúvida, uma das maiores atrações do Vaticano.
Trata-se de uma das maiores igrejas católicas do mundo. Nela, temos obras fantásticas, como a mundialmente famosa "Pietá" de Michelângelo, o "Pórtico" (a Porta Sagrada do Vaticano), além de esculturas de Bernini (Imagem de São Longuinho, obra de Bernini de 1639, por exemplo).
Até a Rainha Cristina, da Suécia, foi homenageada no local, em um monumento de 1702, localizado na nave direita da igreja. Reza a lenda que Cristina fugiu de um casamento, abdicou do trono sueco e converteu-se ao catolicismo, vivendo os seus derradeiros dias na capital eterna. Está explicada a homenagem...
Em frente à San Pietro, no Vaticano. |
Também é importante destacar os subterrâneos da igreja, onde se localizam os túmulos dos papas. Neste local, percebe-se a simplicidade do túmulo do papa mais querido dos brasileiros, João Paulo II; por outro lado, temos túmulos "obras de arte", a exemplo do papa Urbano VIII (Bernini) e do Inocêncio VIII (Pollaiuolo).
Mas o mais interessante da visita, ou de uma das visitas que fiz à famosa Basílica, foi justamente a subida à cúpula desenhada por Michelângelo, com 39.000 toneladas e 42 metros de diâmetro.
Trata-se da parte mais elevada do Vaticano, atingível após mais de 500 degraus a pé ou, por elevador até o 300º degrau e subindo a pé os duzentos restantes.
Foi sem dúvida uma mistura de mico com regozijo. Mico para expressar o que foi subir 500 degraus a pé (isso mesmo, escolhi a primeira opção) é pouco. É, na verdade, um verdadeiro "King Kong", isso mesmo, aquele macacão apaixonado por Fay Wray em 1933, por Jessica Lange em 1976 e por Naomi Watts no mais recente filme de 2005. A variação das escadas (degraus imensos, daqueles que você tem que dar três passos em contraste com degraus extremamente curtos) é por demais cansativa, exigindo intenso preparo físico da pessoa. Para se ter uma noção, uma senhora, certamente acima dos 70 anos, mesmo escolhendo a segunda opção, não conseguiu chegar à cúpula. É muito complicado para pessoas com dificuldades de locomoção enfrentar os últimos degraus, extremamente pequenos e exaustivos. Claustrofóbicos, para se dizer o mínimo. Quando cheguei ao topo, achei que o mundo já tinha acabado fazia tempo! Mas a visão deslumbrante do local logo me fez passar do aperto para o regozijo. Ali você tem Roma e o Vaticano, com seus estupendos jardins, a seus pés.
Valeu a pena, enfim, apesar das dificuldades...
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