sábado, 20 de dezembro de 2014

OURO PRETO, PATRIMÔNIO CULTURAL DO BRASIL!

Minas Gerais destaca-se no cenário brasileiro pela beleza de suas cidades históricas. E Ouro Preto, a antiga Vila Rica, com sua deslumbrante arquitetura de índole barroca, é uma de suas maiores estrelas. Não sem razão, a cidade barroca, com suas inúmeras ladeiras de belos contornos, é listada como "Patrimônio Mundial da UNESCO" desde 1980. 


A beleza de Ouro Preto fora da Praça Tiradentes.


As ladeiras e o casario colonial que fizeram a fama da cidade.

Ouro Preto foi fundada no final do século XVII. O nome advém das primeiras pedrinhas de ouro encontradas por lá, cobertas por uma fina camada de óxido de ferro - o "ouro negro". Durante a era colonial brasileira, Ouro Preto, chamada à época de Vila Rica, era o principal ponto de extração de ouro no país, com dezenas de minas. Algumas dessas minas até hoje são abertas à visitação - as principais são a Chico-Rei", a "Velha" e a "Fonte Meu Bem Querer".

Mas, vale aduzir, a importância histórica de Ouro Preto revela-se no movimento denominado "Inconfidência Mineira", o qual foi abortado por Portugal em 1789, que buscava, em suma, a libertação do país da colonização predatória imposta pelo país europeu. Grandes nomes da história fizeram "história" em Ouro Preto: Tiradentes, Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manoel, Padre Rolim, entre outros. Homens de diversas profissões que tinham uma coisa em comum: libertar o Brasil das amarras com Portugal. Muitos deles foram executados; outros, degredados (mandados para o exílio).  Tiradentes foi um dos que tiveram menos sorte: executado e esquartejado no Rio de Janeiro, teve seus restos mortais jogados no caminho novo, próximo a algumas cidades mineiras, e sua cabeça  exposta em Vila Rica, local em que foi furtada e nunca mais encontrada. 

A beleza de Ouro Preto está nas ruas. A casa verde já foi de Thomaz Gonzaga.
O ponto mais central de Ouro Preto é a Praça Tiradentes. É ali o coração pulsante da cidade, a melhor localização, o ponto de encontro de todos.

Praça Tiradentes, coração de Vila Rica.
Visão geral da movimentada Praça Tiradentes.


A igreja mais bela e rica de Ouro Preto é a Matriz Nossa Senhora do Pilar. Localizada na "parte baixa" da cidade, impressiona por sua riqueza em ouro e pelos detalhes no teto, com destaque para a pintura do "Cordeiro de Deus". A igreja conta ainda com o Museu de Arte Sacra. Paga-se dez reais por pessoa para entrar na igreja, mas pode-se aproveitar o horário de missas para conhecê-la sem a taxa.

A Matriz do Pilar destaca-se em meio ao casario colonial.


Outra igreja igualmente fantástica é a São Francisco de Assis, localizada no largo de Coimbra (local onde tem uma exposição de artesanatos em pedra-sabão). Ali encontramos o famoso teto atribuído a Mestre Athaíde, comparável, para alguns, à Capela Sistina do Vaticano. Não tem o mesmo apelo artístico da obra máxima de Michelângelo, mas realmente é um teto muito bonito. A igreja é considerada também obra-prima de Aleijadinho, que foi responsável pelo risco geral do prédio, além da tribuna, do altar-mor, altares laterais, esculturas da portada, escultura dos púlpitos e a capela-mor.

São Francisco de Assis, grande atração de Ouro Preto. 

São Franciso de Assis.
Para quem tem mais dias para curtir Ouro Preto, vale conhecer ainda outras igrejas: a Matriz Nossa Senhora da Conceição, onde estão os restos mortais de Aleijadinho (hoje a igreja, muito decadente, está em restauração, não sendo possível visitá-la); a Nossa Senhora do Rosário, com sua singular fachada circular ; e a Igreja do Carmo,  com belo teto, azulejos e próxima ao Museu do Oratório.

A Igreja do Carmo. 

O belo teto da Igreja do Carmo.

Azulejos portugueses no interior da Igreja do Carmo. 


A fachada circular é única. Nossa Senhora do Rosário.

Vale destacar, em Ouro Preto, os museus. Pelo menos cinco, dentro do perímetro urbano da cidade, revelam-se interessantes, nessa ordem:

- o da Inconfidência (Praça Tiradentes, 139; www.museudainconfidencia.gov.br, terça a domingo das doze às dezessete e trinta), o mais amplo da cidade, com interessante exposições de objetos e documentos do período colonial (exploração do ouro; derrama; escravidão; inconfidência mineira). O prédio era uma antiga prisão estadual, até se transformar em museu em 1938;

O Museu da Inconfidência domina a Praça Tiradentes.
O Museu da Inconfidência.


- o do Oratório (Adro da Igreja Nossa Senhora do Carmo, 28; www.oratorio.org.br; todos os dias, de nove e meia da manhã às dezessete e trinta), no pátio da Igreja do Carmo, derivado de uma magnífica coleção de oratórios da família de Ângela Gutierrez;

- o de Ciência e Técnica da Escola de Minas/UFOP (Praça Tiradentes, 20; www.museu.em.ufop.br; horário de visitação variável entre os setores, consultar site), que reúne coleções completas nos setores de mineralogia, história natural, metalurgia, mineração, química, física, astronomia, topografia, desenho. Tem ainda uma biblioteca de obras raras;

- o de Arte Sacra (terça a domingo, das 9 às 10:45 e de 12 às 16:45), no interior da Igreja do Pilar;

- o da Casa dos Contos (Rua São José, 12, Centro; segunda, das 14 às 18 horas, terça à sábado, das 10 às 17 horas e domingos e feriados, das 10 às 15 horas), que vale pelo conhecimento de como era uma senzala de escravos e pelo museu da Casa da Moeda, mostrando toda a evolução da cunhagem de moedas no Brasil, além da evolução do nosso dinheiro, dos contos de réis aos reais. Fica em um edifício histórico, que já foi prisão, na "parte baixa" da cidade, considerando a Praça Tiradentes como "parte alta".

Fora do circuito urbano, o Museu das Reduções (Rua São Gonçalo, 131, distrito de Amarantina; www.museudasreducoes.com.br, www.projetoreducao.com.br; de quarta a segunda, das 9 às 16h40), no distrito de Amarantina, também é considerado uma boa atração. Amarantina fica a 25 km de Ouro Preto. O museu conta com 29 réplicas de monumentos de 15 estados brasileiros, expostas em jardins suspensos.

Pitoresco também é o Teatro Municipal, coladinho na Igreja do Carmo, no centro histórico, que funciona também como Casa de Ópera. Um dos mais antigos, senão o mais antigo, das Américas. D. Pedro I e D. Pedro II já ocuparam o camarote do local, em frente ao palco.

O antigo Teatro Municipal, ainda em atividade.


O Teatro, junto ao casario colonial.

Passeio bastante interessante em Ouro Preto é o trem turístico da Vale do Rio Doce. Não é uma "maria-fumaça", mas vale pela bela paisagem. Os poucos quilômetros, dezoito para ser mais exato, entre as duas cidades históricas são percorridos em uma hora. A melhor posição do trem é o lado direito, onde se concentram as maiores atrações, principalmente cachoeiras. Horários: Sextas e sábados (partindo de Ouro Preto, às 10 e às 14:30; partindo de Mariana às 13 e às 16 horas); domingos (de Ouro Preto partem os trens às 10, 13:30 e 16:30 e de Mariana, às 11:30 e 15 horas).



Próximo a Ouro Preto, há ainda outras atrações, além de Mariana, como Lavras Novas, Cachoeira do Campo, Parque do Itacolomi, entre outros.  

Ouro Preto dista menos de 100 quilômetros de Belo Horizonte, e pode ser um passeio bate-e-volta a partir da capital mineira, embora três ou quatro dias inteiros seja o ideal para conhecer todas as atrações da cidade do ouro.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

"BLUE PENNY MUSEUM" DE MAURÍCIO

Maurício (ou "Ilhas Maurício", ou ainda "Mauritius"), país africano localizado no Oceano Índico, tem belas praias, belezas naturais, boas comidas, um povo gentil e uma peculiaridade: a tradição postal.

Isso mesmo. Maurício tem uma imensa tradição na emissão de selos postais, assim como no carimbologia (uma ciência intimamente ligada com a arte de colecionar selos). Nesse sentido, é um paraíso da filatelia e centro de referência para colecionadores de todo o mundo. E lá encontram-se dois dos selos mais caros do mundo: o "Blue Penny" e o "Orange Penny", no interessante "Blue Penny Museum", localizado no shopping "Caudan Waterfront", o mais importante centro comercial da capital Port Louis.

Em frente ao Blue Penny Museum, em Port Louis, Maurício.

O "Blue Penny" (ou "Two Pence Blue", ou ainda "Blue Pence") tem um valor estimado em dois milhões de reais. Foi emitido em setembro de 1847 pelas Ilhas Maurício, a pedido da Irlanda e da Grã-Bretanha. O que diferencia a peça é a gravação errônea "Post Office" ("Correios")  em vez de "Post Paid" ("Porte Pago"). Isso o torna caríssimo. Por isso também é chamado de "Post Office Stamp", assim como o de cor laranja. Os selos dessa série estão, a maioria, nas mãos de filatelistas privados exceto, justamente, as que estão em exibição no Museu Blue Penny e no Museu Britânico de Londres. Vale destacar, a peça exibida no "Blue Penny Museum" é raríssima e cara pois, além do erro na gravação, não é usada, o que aumenta substancialmente o seu valor.

O "Blue Penny", um dos selos mais caros do mundo. 


Valendo um pouco menos, cerca de um milhão e oitocentos mil reais, o "Orange Penny" padece do mesmo problema do "Blue Penny". Também foi emitido nas Ilhas Maurício em 1847, nos mesmos moldes do "Blue Penny".


O "Orange Penny". Vale quase dois milhões de reais. 


O Museu conta ainda a história das Ilhas Maurício, desde a descoberta das ilhas pelos portugueses, perpassando pelas colonizações holandesa, francesa e britânica. 

Postal alusivo aos dois famosos selos "Post Office", o Orange e o Blue.

O "Blue Penny Museum" abre de segunda à sábado, das dez da manhã às cinco da tarde. Não abre aos domingos e nos feriados. Deve-se chegar até às quatro e meia da tarde para entrar. Adultos pagam 245 rúpias; crianças e estudantes 120; família (dois adultos e duas crianças) paga 580; e grupos maiores tem preços especiais. Vale ressaltar: 100 rúpias mauricianas equivalem a três dólares. 

Há ainda uma loja no local, que vende peças alusivas aos famosos selos, além de material filatélico.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

MUSEUS/ATRAÇÕES TURÍSTICAS E DIAS DE GRATUIDADE PELO MUNDO

Museu/atração turística
Cidade/País
Dias gratuitos
Moma
New York, USA
Sextas, das 16 às 20 horas
Frick Collection
New York, USA
Domingos, das 11 às 13 horas
Guggenheim Museum
New York, USA
Sábados, das 17h45m às 19h45m
Brooklyn Museum
New York, USA
1º sábado de cada mês, à exceção de setembro
Uffizi
Florença, Itália
Primeiro domingo de cada mês
Galeria da Academia
Florença, Itália
Primeiro domingo de cada mês
Museu Bargello
Florença, Itália
Primeiro domingo de cada mês
Museus Vaticanos
Roma, Itália/Vaticano
Últimos domingos de cada mês
Smithsonian Museums
Washington D.C, USA
Todos os dias
National Gallery
Londres, Reino Unido
Todos os dias
Tate Modern
Londres, Reino Unido
Todos os dias
Tate Gallery
Londres, Reino Unido
Todos os dias
British Museum
Londres, Reino Unido
Todos os dias
Natural History Museum
Londres, Reino Unido
Todos os dias
Castelo de Versailles
Versailles, França
Primeiro domingo de novembro a março
Museu do Louvre
Paris, França
Primeiro domingo do mês. A tarifa é reduzida quartas e sextas depois das 18 horas
Museu Orsay
Paris, França
Primeiro domingo do mês
Museu Rodin
Paris, França
Primeiro domingo do mês
Centre Georges Pompidou
Paris, França
Primeiro domingo do mês.
Palácio Nacional de Sintra
Sintra, Portugal
Domingos e feriados até as 14 horas
Mosteiro dos Jerônimos
Lisboa, Portugal
Domingos e feriados até as 14 horas
Museu Calouste Gulbekian
Lisboa, Portugal
Domingos
Museu Picasso
Barcelona, Espanha
Primeiro domingo do mês.
Catedral e Torre La Giralda
Sevilla, Espanha
Domingos
Museu do Prado
Madrid, Espanha
Terça à sábado, após as 18 horas, e domingos, após as 17 horas
Museu Reina Sofia
Madrid, Espanha
Sábados,  a partir das 14h30 e domingos, das 10 às 14h30

domingo, 21 de setembro de 2014

TURQUIA

Bandeira do País


Bandeira da Turquia.


Depois da derrota na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), Mustafa Kemal Ataturk depôs o sultão em 1922 e declarou o país uma república em 1923. 

A bandeira atual foi adotada em 05 de junho de 1936. A lua crescente e a estrela são símbolos da religião islâmica, dominante no país.

Mapa do País




Mapa da Turquia, país com território na Ásia (maior porção) e Europa;

Dados do País

Continente: Ásia (maior parte)/Europa.

Capital: Ancara.

Cidades principais: Istambul, Ancara, Izmir, Bursa, Adana, Gaziantep e Konya.

Língua: Turco.

Moeda: Lira turca.

População:  Cerca de 82 milhões de habitantes.

Atrações turísticas principais: Capadócia; Goreme; Monte Nemrut (Nemrut Dag); Caravançarás (o "Sultanhani", na Anatólia Central, é o mais bem preservado); Pamukkale; Hagia Sophia (Santa Sofia); Mesquita Azul de Istambul; Palácio de Topkapi; Igreja de San Salvador em Chora; Mesquita de Suleymaniye, Grande Bazar de Istambul; Estreito de Bósforo;  Mercado das Especiarias de Istambul; Éfeso; Casa da Virgem Maria; Pérgamo; Afrodísias; Museu das Civilizações de Ancara; Tróia; Museu Mvelana em Konya; Bodrum (Castelo de São Pedro); Hasankeyf; Safranbolu. 


A Capadócia é um lugar mágico na Turquia. 

Patrimônios Mundiais da UNESCO: Vários. Segue a lista:

Grande Mesquita e Hospital de Divrigi (1985).


Divrigi. Por Mxcil , CC BY-SA 3.0

Parque Nacional de Goreme e Sítios Rupestres da Capadócia (1985).

Zonas Históricas de Istambul (1985).

Hattusha (1986) - Capital do império hitita, teve grande influência dois mil anos antes de Cristo. Com construções bem preservadas - destaque para o Portão dos Leões, templos, fortificações e palácio real - , tem também na sua organização urbana o ponto forte.

Hattusa, Turquia. Por Bernard Gagnon , CC BY-SA 3.0

Fortificação em Hattusha. Por Elelicht (Trabalho próprio pelo carregador) [CC BY-SA 3.0

Monte Nemrut (Nemrut Dag) (1987) - Localizado na província de Adyiaman, na Turquia, Nemrut Dag  foi um monumento construído pelo rei Antíoco I (69-34 a.C) de Comagena para ele mesmo. Comagena foi um dos cinco pequenos reinos em que a Síria foi dividida após o período selêucida.

Nemrut Dag. Por Klearchos Santorini, Cyclades, Greece. CC BY 3.0

Nemrut Dag. Por Verity Cridland . CC BY 2.0 (http://creativecommons.org/licenses/by/2.0)

Xanthos-Letoon (1988). 

Por Carole Raddato from FRANKFURT, Germany - Lycian Acropolis, Xanthos, Lycia, TurkeyUploaded by Marcus Cyron, CC BY-SA 2.0
Hierápolis- Pamukkale (1988).

Cidade de Safranbolu (1994).

Sítio Arqueológico de Tróia (1998).

Complexo da Mesquita de Selimye em Edirne (2011).

Çatalhuyuk (2012).

 
Por Stipich Béla, CC BY 2.5


Melhor época para visitação: abril/maio/setembro/outubro.

Site: www.goturkey.com/

Atualidades

1. Em 15 de julho de 2016, houve uma tentativa frustrada de golpe, feita por alguns membros das forças armadas, na Turquia. 

2. A Turquia tem se envolvido em muitos problemas diplomáticos - disputas com a Grécia, Síria e Iraque. Tem na questão curda um calcanhar de Aquiles. 

3. Também há a tormentosa situação do Chipre do Norte, também denominado "República Turca do Chipre do Norte" - ocorre que o país só é reconhecido de fato pela Turquia; os demais reconhecem a soberania de Chipre sobre todo o território. 

terça-feira, 12 de agosto de 2014

VARANASI, A CIDADE SAGRADA DOS HINDUS!

A Índia é um país de múltiplas atrações. Tem templos belíssimos, palácios de marajás extremamente conservados, sítios históricos de tirar o fôlego. Mas talvez a mais importante visita naquele país seja a cidade sagrada dos hindus, Varanasi (também chamada de Khasi ou Benarés).

Varanasi. 

Varanasi é o berço do hinduísmo, a mais antiga das religiões. A cidade é uma  das mais antigas do mundo, contemporânea de lugares históricos como Nínive e Babilônia. São cerca de três mil anos de história, embora os hindus acreditam numa longevidade ainda maior - 5.000 anos, supostamente criada por Shiva.

Vale aqui abrir parentêses para comentar um pouco sobre o hinduísmo, essa religião extremamente complexa e que é tida como a mais antiga da humanidade.

Basicamente, a corrente majoritária da religião, que possui milhões de deuses, considera uma "trindade superior" ("trimurti"): Brahma, Vishnu e Shiva (Xiva). Brahma seria o criador do mundo; Vishnu, o preservador; e Shiva, finalmente, o destruidor, aquele que finaliza e limpa, para que se faça um novo começo - em um certo sentido, é melhor designá-lo como "o transformador". É a "trindade hindu", que se destaca em meio a uma profusão de deuses e crenças. Vale lembrar que, apesar da proeminência dada a esses deuses, o mais comum é cultuar os "avatares" (nome que significa "encarnação"), que são as manifestações corporais de Vishnu. São dez os avatares, alguns com forma de animais (peixe, tartaruga, leão), outros com forma humana (anão), sendo alguns bem conhecidos mundo afora, como Krishna, o oitavo e Buda, o nono.

O Rio Ganges é a maior atração do local, tanto para os hindus, quanto para os turistas. O Ganges é chamado pelos indianos de "Mãe Ganga", sendo considerado um rio espiritual, uma dádiva proporcionada por Shiva. Assim, o ritual de purificação da alma (e dos pecados também!) do hindu consiste em se banhar nas águas do rio. Um passeio para sempre inesquecível é justamente entrar em um dos barcos do local, fazer uma oferenda e observar os hindus se banhando no rio, nos tradicionais "ghats". Os ghats são como portas de entrada para o rio, um conjunto de degraus que conduzem os hindus ao rio sagrado. Varanasi tem cerca de 100 ghats, sendo o mais famoso deles o "Dashashwamedh Ghat".  Nesse mesmo passeio, é possível avistar as piras funerárias e o ritual hindu da morte.


O rio Ganges e Varanasi, combinação perfeita de fé. 

Hindus nos ghats e o Rio Ganges. 

Os barcos, o ghat e o rio sagrado. 


Varanasi dista 812 km de Nova Délhi e 607 km de Agra. Ou seja, a melhor maneira de se conhecer a cidade é por avião, através das companhias Jet Airways, India Airlines e Kingfisher. A viagem de trem da capital indiana para a cidade sagrada dura cerca de treze horas, não sendo aconselhável, inclusive pelas más condições do transporte. Outra opção para se chegar até Varanasi é através de excursões pela Índia - muitos roteiros incluem Benarés; mas, mesmo nessa hipótese, a maioria chega em Khajuraho (sítio arqueológico já comentado aqui no blog) e, por avião, vai até Varanasi, em uma viagem relativamente curta.

sábado, 26 de julho de 2014

A MAGNÍFICA MINARETE DE DÉLHI!

Délhi, na Índia, esconde alguns tesouros arquitetônicos magníficos. Talvez o mais bonito monumento da cidade seja  "Qutub Minar" (ou ainda "Qutab Minar", "Qtub Minar"), minarete de 72,5 metros de altura (237,8 pés), cuja construção foi iniciada ainda em 1192/1193 por Qutab-ud-din Aibak, o primeiro governante islâmico de Délhi, após a derrubada do último rei hindu daquela urbe.

Qtub Minar, em seu esplendor. 

Vale destacar que Qutab apenas iniciou o projeto, concluindo a base; posteriormente, dois outros governantes terminaram a obra de cinco pavimentos (como se pode ver na foto abaixo), sendo que o sucessor de Qutab, Iltultmush, adicionou três pavimentos, e o outro governante, Firoz Shaj Thughalak, construiu o quinto e último em 1368. Uma obra tão notável não poderia ser construída de uma só tacada...


O Complexo de Qtub, na Índia.



O complexo onde está localizada a minarete. 


Um belo monumento no complexo de Qutub. Túmulo de Iltutmish.

Localizada em Mehrauli, distrito de Délhi que possui com um imenso parque arqueológico  (o "Mehrauli Archeological Park", que conta com outras atrações imperdíveis, além da minarete, como o Jahaz Mahal e a Mesquita e Túmulo Jamali-Kamali), a bela minarete indiana é aberta todos os dias ao público, das dez da manhã às cinco da tarde, custando a entrada dez rúpias indianas para os locais e duzentos e cinquenta rúpias indianas para os estrangeiros. Há estação de metrô próxima, a Qutab Minar.