A Toscana é, realmente, uma região "abençoada por Deus". Além de todas as belezas naturais, temos cidades de origens etrusco-romanas, todas com apogeu na era medieval, que são verdadeiras "obras de arte" a céu aberto, dada toda a história e atmosfera do local. Este é o caso de Cortona.
Cortona, aliás, ficou mundialmente famosa a partir do lançamento, em 2003, do filme "Sob o Sol da Toscana" ("Under the Tuscan Sun"). Baseado no livro homônimo de Frances Mayes, a película conta a história de uma mulher divorciada e insatisfeita com os rumos de sua vida que, em uma viagem à Toscana, conhece a cidade medieval e resolve por lá ficar. A partir desta premissa, envolve-se com a comunidade local em uma série de situações, às vezes dramáticas, às vezes cômicas. O interessante do filme é justamente o tratamento fotográfico dado à região, sendo possível visualizar e ter-se uma idéia do que efetivamente Cortona é. Embora tenha muito de ficção, a retromencionada escritora realmente tem uma casa por lá.
A exuberante cidade de Cortona, na Toscana. As "vias" medievais são belas atrações. |
Cortona, aliás, ficou mundialmente famosa a partir do lançamento, em 2003, do filme "Sob o Sol da Toscana" ("Under the Tuscan Sun"). Baseado no livro homônimo de Frances Mayes, a película conta a história de uma mulher divorciada e insatisfeita com os rumos de sua vida que, em uma viagem à Toscana, conhece a cidade medieval e resolve por lá ficar. A partir desta premissa, envolve-se com a comunidade local em uma série de situações, às vezes dramáticas, às vezes cômicas. O interessante do filme é justamente o tratamento fotográfico dado à região, sendo possível visualizar e ter-se uma idéia do que efetivamente Cortona é. Embora tenha muito de ficção, a retromencionada escritora realmente tem uma casa por lá.
Vale dizer que o filme inspirou o deflagrar de um festival cultural que hoje é conhecido em toda a Europa: o "Tuscan Sun Festival", realizado desde 2003 (final de julho e início de agosto) , ano de lançamento do filme. Outro festival curioso da cidade é o "Archidado", de arco e flecha, que ocorre desde o ano de 1327, na última semana de maio. O "Archidado" foi realizado, primeiramente, para homenagear o casamento de um lorde de Cortona naquele ano e a tradição se manteve por séculos.
Saindo um pouco da "sétima arte" e dos desdobramentos da notoriedade proporcionada por Frances Mayes à cidade, vale destacar uma breve história deste local apaixonante.
Cortona é a urbe que simboliza mais fortemente a dominação etrusca na Toscana. Ainda há muros etruscos por lá, conforme se vê na foto abaixo ("mura etrusche" e "porta bifora etrusca").
Muro Etrusco de Cortona. Mais de 2.000 anos de hístória. |
Vamos abrir um parênteses para falar um pouco sobre os etruscos.
Considerados povos de origem desconhecida, os etruscos invadiram a pensínsula itálica, juntamente com cartagineses e gregos, entre os séculos X e VII a.C. A partir das invasões etruscas, o domínio do uso e da escrita foram transmitidos para os habitantes anteriores da península. Era um povo com grande habilidade no trabalho com ferro e cobre, e tinha na agricultura e no comércio maritimo (notadamente com os fenícios, gregos e cartagineses), a base do seu sustento. A região por eles dominada, e que corresponde em grande parte à atual Toscana, era denominada "Etrúria".
Vale destacar ainda, no campo histórico, que, na Idade Média, Cortona exerceu um papel significativo no que tange ao poderio militar, resistindo bravamente à incursões de cidades fortes, a exemplo de Siena e Arezzo (esta a mais próxima). Antes disso, em 300 a.C, já era considerada uma das mais poderosas "cidades-estado" etruscas. No século XV, foi dominada por Florença e governada pelos Médicis.
A cidade hoje conserva ares medievais e é um convite para o descanso. Várias atrações se destacam neste panorama que, mais do que desesperadamente conhecer locais, deve-se passear sem rumo.
A praça principal da cidade é mesmo a "Piazza della Republica", onde aparece, em destaque, a Prefeitura da cidade, ou em bom italiano, o "Palazzo del Comune".
O medieval "Palazzo del Comune" na "Piazza della Republica" em Cortona. |
Outra atração bastante conhecida da cidade é a sua "Catedral". Construída no século XIV, tem no seu interior a pintura "Natividade", de Pietro Berrettini, ou como é mais conhecido, Pietro de Cortona.
A Catedral de Cortona, em estilo gótico. |
O "Museu Diocesano" é uma das maiores atrações da cidade do alto da colina. A título de curiosidade, Cortona é a terra natal de dois consagrados pintores: Luca Signorelli e Pietro de Cortona. Ali também viveu outro expoente renascentista: Fra Angelico. Todos os três tem obras no "Museu Diocesano" - destaque máximo para "A Anunciação", de Fra Angelico. Uma pintura esplêndida!
Por fim, vale destacar os museus ligados à fase etrusca da cidade. Temos em Cortona dois que merecem a visita: o "Museo dell´Academia Etrusca" e o "Museo Nazionale Etrusco". O mais interessante é o da Academia Etrusca, mas para se fazer uma visita guiada (importante para entender a história etrusca e os detalhes das escavações) é necessário reservar antes.
Além da Catedral, várias outras igrejas se destacam: a de "São Francisco", onde está enterrado Luca Signorelli; a de "Santa Margherita", a mais bonita no exterior e interior também - mas é preciso ser um atleta para conseguir subir até lá; e a "Nova Igreja de Santa Maria" ("Madonna del Calcinaio"), uma pérola renascentista não exatamente dentro do centro histórico (nos arredores) e com um belíssimo domo barroco.
Assim, a Cortona de .Luca Signorelli e Pietro de Cortona, imortalizada nos tempos atuais por Frances Mayes, revela-se uma linda cidade, imprescindível em qualquer roteiro que inclua a Toscana.
Oi, Carlos. Tudo bem? :)
ResponderExcluirSeu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Natalie - Boia Paulista
Olá, Natalie,
ExcluirAgradeço imensamente a honra de participar deste seleto rol!
Abraço,
Carlos