O mundo possui muitas cidades que são verdadeiros ícones, sejam históricos, financeiros ou mesmo culturais. Florença, ou Firenze para os italianos, é uma destas cidades ícones, notadamente na vertente das urbes históricas: ali foi o berço de um movimento que transformou para sempre a história das artes e da cultura e delineou o que seria o caminho do homem moderno. Tal movimento foi aclamado pela história como o "Renascimento".
O Renascimento, ou "Renascença", vale abrir um parênteses, foi um movimento cultural, ocorrido entre os séculos XIV e XVI na Europa, que definitivamente mudou a história da humanidade, deixando basicamente três legados: o humanismo, ou seja, a noção da individualidade humana, atrelada à liberdade e à dignidade; o ideal de cidadania (que é um conceito fundamental para o desenvolvimento do capitalismo), decorrente da autonomia da cidade florentina, governada por artesãos e comerciantes, não por um senhor feudal; e, finalmente, o grande volume de tesouros artísticos, desenvolvidos por artistas do porte de Michelângelo, Da Vinci, Raphael, Botticelli, Donatello, Brunelleschi, Ghiberti, Giotto, Uccelo, Fra Angelico, Masaccio e Fillipo Lippi. Além destes, interessante lembrar, como filho ilustre da terra florentina, o poeta Dante Alighieri, famoso por sua obra literária chamada "A Divina Comédia".
Vale destacar que o Renascimento foi forjado e financiado a partir do apogeu do sistema republicano de governo de Florença, cuja base econômica era a fabricação de lã.
Em 1982, o centro histórico de Florença, merecidamente, ganhou o título de "Patrimônio Mundial da Humanidade", dado pela UNESCO.
Após o domínio etrusco, iniciou-se o romano, sob o comando de Júlio César, que ali fundou "Florentia", anos antes do nascimento de Cristo. A seguir, vários eventos hístóricos ocorreram no berço do movimento renascentista: a era de invasões bárbaras na cidade; a transformação de Florença em capital da Toscana, no ano 1.000, por Ugo da Toscana; o poderio marcante na era medieval; a grande peste que dizimou grande parte da população florentina, em 1348; as lutas políticas ocorridas entre Guelfis (partidários do Papa) e Ghibelinis ( a favor do sacro império romano) e, finalmente, o poder dos Médicis. Os Médicis, aliás, são responsáveis por algumas das grandes obras da cidade que coincidem com o florescer do renascimento cultural.
Vale destacar uma diferença que, às vezes, passa desapercebida da maioria das pessoas, mas é muito curiosa. Duomo (italiano) e Domo (português). Embora parecidas, são palavras totalmente diversas. "Duomo", vem de "casa do senhor", e passou a ser o designativo de catedral, na língua italiana. Assim temos, Duomo de Firenze (a Catedral de Firenze, a principal igreja), Duomo de Pisa, Duomo de Siena ou mesmo Duomo de San Gimignano. Já "domo" designa a cúpula da igreja . Assim, temos o "domo" da Catedral de Firenze (o domo da Duomo), aquela enorme estrutura feita por Brunelleschi, o "domo" da Basílica de San Pietro, no Vaticano, de onde se e possível ver toda a cidade eterna e os belos jardins do Papa. Assim, em arremate, a "Duomo de Firenze" possui um domo.
Feita esta interessante distinção, vale destacar que o conjunto Catedral - Batistério - Campanário de Florença é um dos mais belos tesouros artísticos do mundo.
Ali, forjou-se uma das maiores rivalidades do Renascimento, mas que também mudou a história da arte - Brunelleschi versus Ghiberti. Dica de livro precioso para entender o tema: "A Disputa que Mudou a Renascença - Como Brunelleschi e Ghiberti Marcaram a História da Arte", de Paul Robert Walker. Este livro conta, em detalhes, todo o processo, complicado, da rivalidade, às vezes desonesta, entre os dois artistas, que acabou empatada- enquanto Ghiberti foi responsável pelos portões do Batistério, Brunelleschi construiu, anos depois, a famosa cúpula da Catedral, que mereceu elogios até mesmo de Michelangelo.
O destaque da Catedral fica mesmo por conta do "domo" (cúpula) de Brunelleschi, finalizado em 1463, com 107 metros de altura. Brunelleschi é um artista de extrema importância na história das artes. Após a derrota para Ghiberti na disputa pela realização dos portões do Batistério, tornou-se arquiteto, viajou a Roma com seu amigo Donatello e, após isso, revolucionou a arte ao construir o seu domo em firenze. Estudiosos de arquitetura ressaltam o seu pioneirismo na construção de dupla camada e na introdução de uma técnica de perspectiva linear nos projetos arquitetônicos.
No interior da Catedral, destaque para o afresco do domo, obra de Vasari e Zuccaro; e do quadro "Dante e seu Poema", com uma bela retratação do humanismo.
Por sua vez, o espetacular "Batistério de São João", junto à Catedral, merece algumas palavras elogiosas. Ali temos, por exemplo, as fabulosas portas de bronze (Norte e Leste) desenhadas e esculpidas por Lorenzo Ghiberti -um primor renascentista. Michelangelo chamou a obra-prima - o portão leste -de "Portão do Paraíso". Não sem razão. Ali estão retratadas várias passagens do Velho Testamento, de uma maneira primorosa.
Outra igreja bastante apreciada em Florença é mesmo a Santa Croce. A enorme praça em frente já foi palco de muitas coisas: reunião de fiéis que não cabiam na igreja, queima de hereges ou corrida de cavalos. Hoje, é palco, toda terceira semana do mês de junho, do "calcio storico", uma mistura de rugby e futebol, em que só não valem chutes na cabeça e golpes baixos.
A igreja de "Santa Maria Novella", próxima à estação ferroviária central da cidade, é outra atração imperdível. Destaque para a bela nave no seu interior, em que os pilares criam uma perspectiva de igreja muito longa. Bastante interessante a observação. Outro lugar lindo é a "Cappella Strozzi", cujos afrescos de Cione e Orcagna foram inspirados no livro "A Divina Comédia", de Dante. Há ainda um mosteiro, o "Chiostro Verde", muito bonito.
Dentre as praças de Florença, destacam-se duas: uma, pelo valor histórico, a "Piazza della Signoria"; a outra, pela beleza da visão de todo o centro histórico proporcionada aos visitantes - a "Piazzale Michelangelo".
A "Piazza della Signoria" é onde está localizado o "Palazzo Vecchio", antiga sede de governo da república florentina. Alias, a palavra "signoria" é designativa de comando executivo que, na cidade de Florença na era medieval, era composto por nove homens.
Já a "Piazzale Michelangelo" oferece a visão mais magnífica de Florença, notadamente quando o sol se põe. Para se chegar até lá, caso o viajante não esteja preparado fisicamente, recomenda-se o uso de transporte - taxi, ônibus urbano ou mesmo o "sightseeing Firenze", que tem parada por lá. Aproveitando a parada na "Piazzale", vale andar alguns metros até chegar a igreja românica "San Miniato al Monte", uma das mais bonitas de Florença.
Saindo das praças em direção às pontes, cumpre mencionar que a imagem mais famosa mundialmente de Firenze é a "Ponte Vecchio", a única não destruída na Segunda Grande Guerra Mundial. Pitoresca, formada por um conjunto de joalherias, liga o interessante bairro de artistas e cantinas chamado Oltrarno ao centro histórico.
Vale abrir um espaço para discorrer um pouco sobre o misterioso "Corredor Vasariano". Projetado por Giorgio Vasari, foi feito por encomenda de Cosimo Médici, ligando o Palazzo Vecchio, de um lado, ao Palazzo Pitti, de outro, tendo cerca de 1 km. Servia para que os Médicis pudessem se deslocar de maneira discreta entre os dois palácios. Algumas agências florentinas oferecem este passeio, bastante restrito.
Destacam-se em Florença três museus: a fabulosa "Galleria degli Uffizi", a "Galleria dell´Accademia" e o importante "Bargello".
A Galeria da Academia conta ainda com outras obras menos importantes, e menos impressionantes, de Michelangelo, como "São Mateus" e esculturas de escravos.
Já o Bargello é o segundo museu mais importante da cidade. O segundo, porque a Accademia, embora possua Davi, não tem uma soberba coleção de artes como este museu. Destaque para as esculturas Baco, de Michelângelo, e Davi, de Donatello.
Para quem quer conhecer mais a história da família Médici, a dica é esticar até San Lorenzo, o território dos Médicis por excelência em Florença. Destaque, além da igreja (cuja fachada, que seria obra de Michelangelo, nunca foi acabada), para a famosa "Escadaria da Biblioteca", de Michelangelo e para a "Cappelle Medicee", que possui duas atrações principais: a "Capela dos Princípes" e a "Nova Sacristia", esta com obras de Michelangelo.
Na mesma região de San Lorenzo, a dica é conhecer o "Mercato Centrale" que vende as famosas trufas toscanas, além de outros itens interessantes, como o queijo "parmigiano reggiano". Um mercado muito bonito e limpo, que vale a visita.
Florença também se destaca na culinária - a "bisteca alla fiorentina", uma carne mal passada, é o prato principal da gastronomia florentina.
Não poderia também deixar de destacar as famosas "gelaterias", o que prova que sorvete é mesmo com os italianos. Simplesmente maravilhosos! Particularmente, achei bastante gostosos os sorvetes da Grom, na Via Del Campanille, próxima ao Duomo. Os "sorveteiros" têm o cuidado de fabricarem sorvetes de acordo com a estação, justamente com os sabores de cada uma das estações. Muito interessante.
Enfim, Florença é uma cidade de múltiplas atrações, o que demanda do viajante pelo menos cinco dias inteiros para se conhecer bem e respirar esta atmosfera única, em um ambiente incrível de história e cultura.
Perspectiva de Firenze a partir da Piazzale Michelangelo. O "domo" da "Duomo de Firenze" em destaque. |
Vale destacar que o Renascimento foi forjado e financiado a partir do apogeu do sistema republicano de governo de Florença, cuja base econômica era a fabricação de lã.
Em 1982, o centro histórico de Florença, merecidamente, ganhou o título de "Patrimônio Mundial da Humanidade", dado pela UNESCO.
A história de Florença, como de praticamente todas as cidades toscanas, começa antes do nascimento de Cristo, com os etruscos, que se estabeleceram inicialmente em Fiesole, uma pequena e bucólica cidade no alto de uma colina, a cerca de 8 quilômetros da urbe símbolo do renascimento.
Após o domínio etrusco, iniciou-se o romano, sob o comando de Júlio César, que ali fundou "Florentia", anos antes do nascimento de Cristo. A seguir, vários eventos hístóricos ocorreram no berço do movimento renascentista: a era de invasões bárbaras na cidade; a transformação de Florença em capital da Toscana, no ano 1.000, por Ugo da Toscana; o poderio marcante na era medieval; a grande peste que dizimou grande parte da população florentina, em 1348; as lutas políticas ocorridas entre Guelfis (partidários do Papa) e Ghibelinis ( a favor do sacro império romano) e, finalmente, o poder dos Médicis. Os Médicis, aliás, são responsáveis por algumas das grandes obras da cidade que coincidem com o florescer do renascimento cultural.
A maior atração turistica de Florença é mesmo a sua belíssima Catedral, ou Duomo de Firenze, também chamada de Santa Maria Del Fiore. Aliás, a Catedral de Firenze é uma das três maiores atrações turísticas da Itália, juntamente com o Coliseu de Roma e aTorre de Pisa. Não sem razão. Trata-se de uma das maiores obras artísticas da história da humanidade.
Vale destacar uma diferença que, às vezes, passa desapercebida da maioria das pessoas, mas é muito curiosa. Duomo (italiano) e Domo (português). Embora parecidas, são palavras totalmente diversas. "Duomo", vem de "casa do senhor", e passou a ser o designativo de catedral, na língua italiana. Assim temos, Duomo de Firenze (a Catedral de Firenze, a principal igreja), Duomo de Pisa, Duomo de Siena ou mesmo Duomo de San Gimignano. Já "domo" designa a cúpula da igreja . Assim, temos o "domo" da Catedral de Firenze (o domo da Duomo), aquela enorme estrutura feita por Brunelleschi, o "domo" da Basílica de San Pietro, no Vaticano, de onde se e possível ver toda a cidade eterna e os belos jardins do Papa. Assim, em arremate, a "Duomo de Firenze" possui um domo.
Feita esta interessante distinção, vale destacar que o conjunto Catedral - Batistério - Campanário de Florença é um dos mais belos tesouros artísticos do mundo.
Ali, forjou-se uma das maiores rivalidades do Renascimento, mas que também mudou a história da arte - Brunelleschi versus Ghiberti. Dica de livro precioso para entender o tema: "A Disputa que Mudou a Renascença - Como Brunelleschi e Ghiberti Marcaram a História da Arte", de Paul Robert Walker. Este livro conta, em detalhes, todo o processo, complicado, da rivalidade, às vezes desonesta, entre os dois artistas, que acabou empatada- enquanto Ghiberti foi responsável pelos portões do Batistério, Brunelleschi construiu, anos depois, a famosa cúpula da Catedral, que mereceu elogios até mesmo de Michelangelo.
A Catedral de Firenze, um pouco do Batistério e o famoso domo ao fundo. |
A cúpula (domo) da Catedral de Firenze. Uma das mais marcantes obras renascentistas. |
No interior da Catedral, destaque para o afresco do domo, obra de Vasari e Zuccaro; e do quadro "Dante e seu Poema", com uma bela retratação do humanismo.
Por sua vez, o espetacular "Batistério de São João", junto à Catedral, merece algumas palavras elogiosas. Ali temos, por exemplo, as fabulosas portas de bronze (Norte e Leste) desenhadas e esculpidas por Lorenzo Ghiberti -um primor renascentista. Michelangelo chamou a obra-prima - o portão leste -de "Portão do Paraíso". Não sem razão. Ali estão retratadas várias passagens do Velho Testamento, de uma maneira primorosa.
O "Portão do Paraíso" é de uma beleza inigualável. |
Outra igreja bastante apreciada em Florença é mesmo a Santa Croce. A enorme praça em frente já foi palco de muitas coisas: reunião de fiéis que não cabiam na igreja, queima de hereges ou corrida de cavalos. Hoje, é palco, toda terceira semana do mês de junho, do "calcio storico", uma mistura de rugby e futebol, em que só não valem chutes na cabeça e golpes baixos.
A Santa Croce. Nesta praça, eram comuns as corridas de cavalo durante a era medieval. |
A igreja de "Santa Maria Novella", próxima à estação ferroviária central da cidade, é outra atração imperdível. Destaque para a bela nave no seu interior, em que os pilares criam uma perspectiva de igreja muito longa. Bastante interessante a observação. Outro lugar lindo é a "Cappella Strozzi", cujos afrescos de Cione e Orcagna foram inspirados no livro "A Divina Comédia", de Dante. Há ainda um mosteiro, o "Chiostro Verde", muito bonito.
Santa Maria Novella. Um primor em uma praça muito bonita. |
Dentre as praças de Florença, destacam-se duas: uma, pelo valor histórico, a "Piazza della Signoria"; a outra, pela beleza da visão de todo o centro histórico proporcionada aos visitantes - a "Piazzale Michelangelo".
A "Piazza della Signoria" é onde está localizado o "Palazzo Vecchio", antiga sede de governo da república florentina. Alias, a palavra "signoria" é designativa de comando executivo que, na cidade de Florença na era medieval, era composto por nove homens.
Piazza Della Signoria. O coração político de Florença. |
O imponente "Palazzo Vecchio" destaca-se na paisagem da "Piazza Della Signoria". |
Já a "Piazzale Michelangelo" oferece a visão mais magnífica de Florença, notadamente quando o sol se põe. Para se chegar até lá, caso o viajante não esteja preparado fisicamente, recomenda-se o uso de transporte - taxi, ônibus urbano ou mesmo o "sightseeing Firenze", que tem parada por lá. Aproveitando a parada na "Piazzale", vale andar alguns metros até chegar a igreja românica "San Miniato al Monte", uma das mais bonitas de Florença.
Saindo das praças em direção às pontes, cumpre mencionar que a imagem mais famosa mundialmente de Firenze é a "Ponte Vecchio", a única não destruída na Segunda Grande Guerra Mundial. Pitoresca, formada por um conjunto de joalherias, liga o interessante bairro de artistas e cantinas chamado Oltrarno ao centro histórico.
Ponte Vecchio. A imagem mais difundida de Florença no mundo, juntamente com o Duomo. |
Vale abrir um espaço para discorrer um pouco sobre o misterioso "Corredor Vasariano". Projetado por Giorgio Vasari, foi feito por encomenda de Cosimo Médici, ligando o Palazzo Vecchio, de um lado, ao Palazzo Pitti, de outro, tendo cerca de 1 km. Servia para que os Médicis pudessem se deslocar de maneira discreta entre os dois palácios. Algumas agências florentinas oferecem este passeio, bastante restrito.
Destacam-se em Florença três museus: a fabulosa "Galleria degli Uffizi", a "Galleria dell´Accademia" e o importante "Bargello".
De longe, destaca-se Uffizi ("escritório", em italiano), o principal museu de arte da Itália e um dos principais do mundo. A "sala de Botticelli" (salas 10-14, mas em um único ambiente) é, sem dúvida, a mais espetacular, com obras-primas como "O Nascimento de Vênus" e "Primavera". O museu é imenso, e a visita pode se tornar cansativa. Para evitar o cansaço físico (não mental, diga-se), a dica é curtir uma visão do Arno e da Ponte Vecchio no andar principal da exposição. Uma visão simplesmente encantadora! Ah, e Michelangelo está ali representado em uma obra marcante da carreira dele, denominada "Doni Tondo", que é uma representação da Sagrada Família com o pequeno São João Batista.
A Galeria da Academia ("Galleria dell`Accademia), em San Marco, por sua vez, tem boas atrações, mas o maior destaque fica mesmo por conta de seu morador mais ilustre, nada mais nada menos que Davi, a principal obra de arte de Michelângelo e a escultura mais famosa de todos os tempos. E merece realmente a fama. E nada melhor do que vê-la pessoalmente, para se ter uma dimensão desta obra de mais de cinco metros de altura (5,16m) e de 19 toneladas de peso. As fotos não dão a exata medida da perfeição dos detalhes da escultura, que incluem itens como músculos nas pernas, veias, etc. A famosa estátua ficou na "Piazza Della Signoria" entre 1504 e 1873, quando foi levada para a Accademia, em uma viagem que demorou sete dias.
Davi, de Michelangelo. A escultura mais famosa do mundo. Na Accademia. |
O rosto de Davi. De um lado de visão (esquerdo), está sereno. Do outro (direito), enérgico. |
A Galeria da Academia conta ainda com outras obras menos importantes, e menos impressionantes, de Michelangelo, como "São Mateus" e esculturas de escravos.
Já o Bargello é o segundo museu mais importante da cidade. O segundo, porque a Accademia, embora possua Davi, não tem uma soberba coleção de artes como este museu. Destaque para as esculturas Baco, de Michelângelo, e Davi, de Donatello.
Para quem quer conhecer mais a história da família Médici, a dica é esticar até San Lorenzo, o território dos Médicis por excelência em Florença. Destaque, além da igreja (cuja fachada, que seria obra de Michelangelo, nunca foi acabada), para a famosa "Escadaria da Biblioteca", de Michelangelo e para a "Cappelle Medicee", que possui duas atrações principais: a "Capela dos Princípes" e a "Nova Sacristia", esta com obras de Michelangelo.
San Lorenzo. A fachada, inacabada. Obra não realizada de Michelangelo. |
Na mesma região de San Lorenzo, a dica é conhecer o "Mercato Centrale" que vende as famosas trufas toscanas, além de outros itens interessantes, como o queijo "parmigiano reggiano". Um mercado muito bonito e limpo, que vale a visita.
O Mercato Centrale vende o famoso "Parmigiano Reggiano". |
Florença também se destaca na culinária - a "bisteca alla fiorentina", uma carne mal passada, é o prato principal da gastronomia florentina.
A imperdível "bisteca alla fiorentina". |
Não poderia também deixar de destacar as famosas "gelaterias", o que prova que sorvete é mesmo com os italianos. Simplesmente maravilhosos! Particularmente, achei bastante gostosos os sorvetes da Grom, na Via Del Campanille, próxima ao Duomo. Os "sorveteiros" têm o cuidado de fabricarem sorvetes de acordo com a estação, justamente com os sabores de cada uma das estações. Muito interessante.
Enfim, Florença é uma cidade de múltiplas atrações, o que demanda do viajante pelo menos cinco dias inteiros para se conhecer bem e respirar esta atmosfera única, em um ambiente incrível de história e cultura.