quinta-feira, 26 de julho de 2012

UMA VISÃO GERAL DOS PAÍSES NÓRDICOS

 Uma visão geral dos países nórdicos.

Viajar para a Escandinávia ( e para os países nórdicos, conforme terminologia que a seguir será explicada) é viajar por uma região que é um exemplo de civilização para o planeta.

São países que adotaram o sistema do welfare state ("Estado de bem-estar social"),  o que equivale, em termos políticos, à social-democracia. Só a título de curiosidade, três são os principais regimes políticos do mundo: a democracia-liberal (atrelada ao liberalismo, com a proeminência de conceitos como contrato, propriedade, liberdades negativas), a social-democracia (estado provedor, direitos sociais e econômicos) e o autoritarismo (ditaduras de esquerda ou de direita, com forte predominância de uma liderança contrária às liberdades do indivíduo).  Alguns países adotam modelos mistos e, às  vezes, confusos, a exemplo da Argentina, com algumas medidas altamente populistas adotadas atualmente pelo Kirchinerismo.

O "Welfare State" ("Estado de Bem-Estar Social" ou "Estado-Providência")  surgiu ainda no século XX, deflagrado por uma suposta insuficiência da proteção apenas dos direitos individuais (as chamadas "liberdades negativas"). Foram agregados aos direitos individuais (a primeira geração ou dimensão) os direitos sociais e econômicos (a segunda geração ou dimensão), notadamente após as Constituições do México de 1917 (a primeira a incluir os direitos sociais) e a de Weimar, na Alemanha pré-Hitler, de 1919.

A Escandinávia é o exemplo mais claro de países que adotaram a social-democracia na condução de seu destino. Assim, o Estado é altamente provedor, o que demanda, em contrapartida, uma alta carga tributária para financiar seus gastos, notadamente em educação e saúde. Cinquenta por cento de tudo o que ganham os dinamarqueses, por exemplo, vai para os cofres do Estado.

É fácil observar que o sistema social-democrata tem suas virtudes, notadamente em países de pouca população, como é o caso dos escandinavos, mas também tem seus problemas. O Estado altamente provedor representa também um aniquilamento, embora não total, das liberdades individuais. A social-democracia situa-se, assim, entre o capitalismo e o socialismo, com um grau de liberdade bastante restrito e próximo ao que ocorre em países socialistas - o que é altamente discutível, já que a liberdade é um dos valores básicos do ser humano. Um Estado pesado, em países de pouca tradição democrática (e presidencialistas), como o Brasil, não seria conveniente. Foi conveniente para os nórdicos pela sua tradição política e desenvolvimento cultural.

Olhando pela ótica dos resultados, a região, pouco populosa, conforme ressaltamos alhures, concentra o mais alto indíce de desenvolvimento humano do mundo e a maioria das maiores rendas per capita do planeta. Para se ter uma idéia, a renda per capita da Noruega (a maior do mundo) é de 77 mil dólares anuais, o que equivale a dizer que o salário mínimo seria algo em torno de 8.000 reais mensais.

A região conhecida como Escandinávia, na verdade, é a conjunção de três países, a saber, Dinamarca, Noruega e Suécia. A palavra "Escandinávia" advem do termo "Escânia", uma região que hoje pertence à Suécia. Todos os três são monarquias parlamentaristas, adotando a coroa como moeda (dinamarquesa, norueguesa e sueca).

A Finlândia, tecnicamente, não é um país escandinavo, embora muitas publicações a considerem parte dessa região. O país branco é, na verdade, um país nórdico. É o único dos quatro principais países da região a adotar o euro, a moeda única européia. É também o único dos quatro principais países a adotar o regime republicano.

A título de arremate, insta destacar que são países nórdicos, portanto, a Noruega, Suécia, Dinamarca (os três escandinavos) mais a Finlândia e a Islândia.

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