sexta-feira, 24 de junho de 2011

BUDAPESTE - A PÉROLA DAS ÁGUAS

Budapeste (Budapest, em húngaro), a capital da Hungria, é talvez a cidade que mais impressiona pela beleza no leste europeu. Formada da união das cidades de Buda e Obuda, na margem direita do Danúbio e de Peste, na margem esquerda do mesmo rio, é a sexta maior cidade da União Européia.

Curiosamente, poucas pessoas sabem da existência da cidade de "Obuda", afinal o nome da capital é decorrente da junção "Buda" e "Peste".

Impressionante a beleza desta cidade vista de cima, do famoso "Castelo de Buda" (parte alta da cidade).

Visão noturna do Castelo de Buda.
Logo se percebe a extraordinária arquitetura do Parlamento magiar do lado "Peste", sem dúvida um dos monumentos mais lindos do mundo.

Parlamento Húngaro. Lado peste de Budapeste.

Aliás, falando de monumentos, uma dezena deles forma o que há de melhor na capital magiar.

Do lado "Peste", destacam-se: o já mencionado "Parlamento"; a "Praça dos Heróis"; a "Ópera", a "Termas Géllet" e a "Basílica de Santo Estevão", sem dúvida a igreja com um dos interiores mais bonitos que já vi na vida.

Por seu turno, do lado "Buda", destacamos: o "Castelo de Buda"; o "Bastião dos Pescadores", cuja visão do Danúbio e de "Peste" é esplendorosa e a "Igreja de São Matias", esta com um lindo exterior.

Turisticamente, a rua "Vati Utca" concentra o grosso da parte comercial da cidade, embora o comércio de luxo se concentra em outras avenidas.

Outrossim, as pontes que ligam Buda a Peste nos mostram visuais extremamente belos.

Historicamente, temos fatos marcantes dessa cidade. Muitos acontecimentos relevantes ocorreram ali, inclusive batalhas ocorridas durante a "Segunda Grande Guerra", dada a sua posição central na Europa. Segunda Guerra que causou feridas extremas, a ponto de muitos edifícios históricos terem ruído, sendo substituídos por prédios estilo "caixotão", típicos do comunismo. Onde há um "caixotão" em meio a prédios históricos, é sinal de que ali caiu uma bomba.

Importante destacar que o comunismo reprimiu uma das mais importantes revoluções do século XX: a "Revolução de 1956". Nesse movimento, buscavam os húngaros, sob a liderança de Emri Nagy, livrarem-se das amarras do regime soviético. Infelizmente, o movimento restou abafado, com seus líderes morrendo enforcados. Muitas mortes e a manutenção do comunismo, que veio a sucumbir apenas no início dos anos 90. Também essa derrocada da "revolução" foi responsável pelo fim do famoso time húngaro de Puskas, Kocsis e Hideguti, vice-campeão da Copa de 1954 e um dos maiores times da história do futebol. Puskas foi jogar seu belo futebol na Espanha, no lendário Real Madrid várias vezes campeão europeu nos anos 60.
Pode-se dizer também que Budapeste é a "capital das águas", famosa por suas piscinas termais e pela existência de abundante água subterrânea, em toda a cidade. Aliás, muitos turistas apreciam os passeios às cidades subterrâneas existentes.

Enfim, é essa a Budapeste que emerge num novo caminho, um caminho de esperança, a caminho de se tornar uma das cidades mais visitadas e admiradas do mundo.

No próximo post, algumas curiosidades sobre a Hungria, esse país que é considerado o mais "azarado" do mundo!

sábado, 11 de junho de 2011

VIENA, A BELA CAPITAL AUSTRÍACA

Vamos falar um pouco de Viena, a belíssima capital da Áustria, às margens do famoso Rio Danúbio.

Viena (Wien, em alemão, língua oficial do país) é a capital e principal cidade austríaca. Conta com um milhão e seiscentos mil habitantes, tendo sido escolhida, em 2007, como a melhor cidade do mundo para se viver.

Concordamos com esse título. Com um sistema de transportes perfeito, além de um centro histórico maravilhoso e ainda, de quebra, com a beleza do Danúbio de contraponto, Viena é quase perfeita. Mais perfeita como cidade seria difícil. Lá tudo funciona bem e de maneira eficiente.

Além de tudo, os austríacos são extremamente austeros e discretos.

O Centro Histórico de Viena é um dos mais impressionantes da Europa. Não sem razão foi considerado pela UNESCO "Patrimônio Mundial da Humanidade". Nesse centro, destaca-se, sem dúvida, a belíssima catedral gótica de Santo Estevão (Stephansdom). Simplesmente deslumbrante!


Cúpula da Sthefansdom. Viena, Áustria


A capital austríaca também tem como pontos altos os jardins do Belvedere e o prédio da Prefeitura.

Palácio Belvedere. Viena, Áustria

Além desses pontos históricos, merece também destaque o "Palácio Imperial dos Habsburgos". Imperdível.

Mas quem merece a fama que tem é justamente o "Palácio de Schonbrunn", construído no século XVII por Leopoldo I para ser uma casa de veraneio e aperfeiçoado por Maria Tereza, todos da dinastia dos Habsburgo. Maria Tereza que viria a ser mãe de Maria Antonieta, aquela que casou-se com Luís XVI e teve sua cabeça guilhotinada.

Palácio de Schonbrunn. Viena, Áustria.
Curiosamente, há notícias de que nesse palácio viveu a arquiduquesa Leopoldina, que foi casada com Dom Pedro I.

Em Schonbrunn há também muita história de Sissi, ou Elisabeth da Áustria e da Hungria, que foi casada com o imperador Francisco José. Extremamente vaidosa, era considerada uma das mulheres mais belas do mundo. Não se deixou fotografar depois dos trinta e um anos para manter sua áurea mítica. Foi imortalizada no cinema em três filmes estrelados por Romy Scheneider.

Enfim, Viena, além dos concertos, tem muita história para contar. Vale muito a pena a visita.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

OS ANOS PERDIDOS DO COMUNISMO

O primeiro post da viagem realizada ao leste europeu é um post de reflexão. Assim, falaremos agora dos reflexos dos anos perdidos do comunismo, usando como pano de fundo as experiências mal-sucedidas da Hungria e da ex-Alemanha Oriental (DDR, Deustche Democratik Republique).

Já dizia Winston Churcill que a democracia e o capitalismo são os piores regimes do mundo, excetuando-se, é claro, todos os outros. Tinha razão o grande líder britânico da segunda guerra.

Em que pese todas as desigualdades geradas pelo capitalismo, o socialismo é bem pior.

Primeiro, por que nunca houve, nem nunca haverá, convivência  entre socialismo e o mínimo de democracia. Todos os ambientes socialistas criados no mundo - a exemplo do leste europeu, Cuba, Coréia do Norte, dentre outros - são antidemocráticos. A própria essência filosófica do socialismo na doutrina marxista ultrapassada - fase de evolução para o comunista - , indica luta de classes e imposição.

Segundo, por que o socialismo inibe a criatividade e o empreendedorismo individual. Até na arquitetura socialista isso é sentido - os prédios são invariavelmente "caixotões". Sem um ambiente competitivo, não se vislumbra criatividade.

Terceiro, o socialismo retira a esperança. O que temos de melhor no capitalismo é justamente a possibilidade de ascensão, de melhoria de vida, de vitórias, justamente o que inexiste no socialismo.

Enfim, essa experiência dramática de falta de democracia, de ausência de criatividade e de desesperança é o que ficou da era socialista nesses países do leste.

Na Hungria, por exemplo, a tentativa de democratização do líder Imre Nagy foi reprimida violentamente pelos soviéticos na famosa Revolução de 1956. O bombardeio na capital magiar é sentido até hoje, quando visualizamos, ao lado de lindos prédios de arquitetura antiga, prédios mais "modernos" estilo caixotões, típicos de regimes autoritários socialistas/comunistas.

Onde há um "prédio moderno" na capital húngara, sem dúvida houve um bombardeio. Triste. Foram muitos anos perdidos até que em 1989 o país saiu do atraso socialista.

Por sua vez, na Alemanha Oriental, o "Muro da Vergonha", como hoje chamamos o famoso "Muro de Berlim" dividiu uma cidade, criou separações injustas (inclusive de familiares) e muitas mortes. Tudo em vão. Tudo em nome de um regime político e econômico falido no nascedouro. As tentativas de fuga para contornar a divisão do muro renderam histórias impressionantes - até balões, comuns em passeios turísticos, foram utilizados. Ainda percebe-se um pouco o desnível econômico dos dois lados, mas a Alemanha, potência que é, está virando essa página, reunificada.

Hoje, os países que pertenciam a chamada "Cortina de Ferro" (Hungria está entre eles) tentam, de todas as maneiras, ingressar com força total no chamado "mundo capitalista", notadamente com o uso do "euro", já que as moedas de alguns desses locais anda muito desvalorizada (vide "florint" húngaro e a "coroa" tcheca).

Para isso, ainda há um longo caminho a percorrer, embora a renda per capita da maioria deles já seja maior que a do Brasil (na Hungria, por exemplo, é de 11 mil doláres anuais, enquanto a do Brasil gira em torno de seis mil dólares).

Nos próximos posts,  a história e a beleza desses países formidáveis.

sábado, 4 de junho de 2011

FALTA DE SEGURANÇA EM GUARULHOS

Hoje vou falar de um tema nada legal: a insegurança no principal aeroporto do país.
Impressionante a falta de segurança no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Semana passada estive por lá e me senti em pleno faroeste, acossado constantemente por pessoas altamente suspeitas, incluindo visão de furtos frustados e notícias de furtos ocorridos. Uma simples distração no saguão do aeroporto (antes do check in e da entrada para embarque) e pronto: sua mala sumirá num passe de mágica. Todo cuidado é pouco!
Imagino como será durante a Copa do Mundo de 2014 que, erroneamente, o Brasil insistiu em sediar. Além da natural falta de infra-estrutura do aeroporto, a segurança está em "frangalhos". Acordem, autoridades!