A Líbia, país localizado no norte da África (na região conhecida como Magrebe), já foi dominada por romanos, otomanos e italianos. Da dominação romana o país herdou um dos sítios arqueológicos mais formidáveis do mundo - "Léptis Magna", ruínas hoje localizadas em Khoms, distante 130 quilômetros da capital Trípoli (aproximadamente duas horas de viagem). Leptis Magna, vale dizer, é também conhecida como Léptis Altera, Lebida ou Lebda.
O Arco de Sétimo Severo em Leptis Magna. Foto: Daviegunn. |
Curiosamente, apesar da história atrelada aos romanos, Leptis Magna foi fundada por colonos fenícios mil anos antes de Cristo. Mas isso não desmerece os romanos, civilização que efetivamente colonizou e embelezou o local. O embelezamento, diga-se, deve-se a Sétimo Severo (146-211), imperador romano entre 193 e 211, que nasceu no local - foi o primeiro imperador oriundo de província, sem ascendentes de Roma.
O declínio da cidade aconteceu devido a uma série de saques, sendo o mais significativo o promovido pelos bérberes (povos com origem no norte da África) em 523, ataque do qual a cidade nunca mais se recuperou.
É um dos sítios arqueológicos romanos mais bem preservados do mundo. E um dos mais bonitos. Temos o Arco de Sétimo Severo, Teatro, Anfiteatro, o Fórum, o Mercado. Relíquias arqueológicas que demonstram como era esplendorosa essa cidade norte-africana. Ruínas que foram declaradas patrimônio mundial cultural pela UNESCO em 1982.
Mas uma última informação é relevante:
Não dá para visitar a Líbia no momento. O Departamento de Estado Americano, em 08/08/2018, recomendou aos cidadãos americanos não viajar para a Líbia devido a crimes, terrorismo, sequestros e guerra civil.
Portanto, Léptis Magna só pode ser conhecida e visitada mesmo em blogs como o nosso ou em sites na internet, infelizmente.
O Teatro de Leptis Magna. |
O Mercado. Foto: Franzfoto. Wikimedia Commons. CC BY SA 3.0 |
O Anfiteatro. Foto: Capuozzo Pietro. CC BY SA 3.0 |
O Fórum de Leptis Magna. Foto: Sashacoachman. CC BY SA 3.0 |