segunda-feira, 26 de setembro de 2016

LIMA, A CAPITAL PERUANA.

Capital e maior cidade do Peru, Lima tem a quinta maior região metropolitana da América do Sul, com quase nove milhões de habitantes. Banhada pelo Oceano Pacífico e localizada no vale dos rios Chilon, Lurin e Rimac, Lima tem seu nome derivado deste último rio - de Rimac, no quéchua, surgiu "Lima' no castelhano.

A cidade tem no trânsito o seu mais evidente problema. É bastante complicado deslocar-se do centro histórico para Miraflores, por exemplo, durante os horários mais movimentados (pela manhã, até as dez e após as quatro da tarde).

Lima também está constantemente ameaçada por tremores de terra. Como se sabe, o Peru é um dos países com maior atividade sismológica do mundo, notadamente pela sua localização entre duas placas tectônicas, a saber, Nazca e Sul-Americana.  As simulações de terremoto na cidade, principalmente à tarde, são constantes - geralmente as pessoas abandonam os prédios e ficam no meio da rua, complicando ainda mais o já terrível trânsito local.

As principais atrações da cidade são as seguintes, com comentários ilustrativos:

1. Centro Histórico. O Centro Histórico de Lima é "Patrimônio Mundial pela UNESCO" desde 1988. As principais atrações são: a Basílica e o Convento de São Francisco; a Catedral de Lima; a Casa de Aliaga; a Basílica Menor e o Convento de São Pedro; a Basílica Menor e o Convento de São Domingos

A Catedral de Lima é dedicada a Nossa Senhora da Assunção. Nela se encontram os restos mortais do conquistador Francisco Pizarro.  O entalhe de Jesus, na capela de São João Batista, considerado um dos mais belos da América, é o ponto alto da visitação interna. 

Catedral de Lima.





Interior da Catedral. Foto: Carlos HB / EP

O complexo colonial de San Francisco é a atração mais famosa do Centro Histórico de Lima. Temos nele a Igreja, o Convento, duas capelas (La Soledad e El Milagro) e as interessantes Catacumbas. Além das catacumbas, destaque também para a fachada barroca da igreja e a biblioteca do convento.

São Francisco. Lima.

As aterrorizantes Catacumbas de São Francisco.

O complexo de San Pedro de Lima (Basílica Menor e Convento), por sua vez, foi edificado pela Companhia de Jesus (jesuítas), a partir do século XVI.  O ponto alto é a característica colonial da igreja. Internamente, na igreja, dois destaques:  o belo altar e a pintura "Coração da Virgem Maria", de Bernardo Bitti (1548-1610), que trabalhou junto com Michelangelo na Itália e supervisionou a construção dessa igreja em Lima.

E o terceiro complexo igreja e convento do centro histórico de Lima é o de Santo Domingo (dominicanos).

Santo Domingo. Lima.
Nele, é possível conhecer a história de Santa Rosa de Lima (1586-1617) que, inclusive, tem ali seu túmulo. Nascida Isabel Flores de Oliva, a santa ganhou o apelido "Rosa" por sua beleza. Pelo seu apreço por Catalina de Siena (santa dominicana da Itália), Rosa entrou para a Terceira Ordem de São Domingos e passou a fazer sacrifícios - jejum constante, usava a dor para se concentrar em Deus, passava pimenta na face para parecer menos atraente, dormia em cama com vidros quebrados, usava uma coroa com pregos e coberta de rosas, corrente de ferro na cintura. Tudo isso, e mais o apreço pelos pobres e oprimidos, fez dela santa, dita a "primeira santa das Américas". No Brasil, curiosamente, duas cidades cultuam a santa: Uberaba (que tem uma comunidade rural que homenageia a santa - "Santa Rosa") e Santa Rosa de Lima em Santa Catarina.

Santa Rosa de Lima.

Outro santo bastante marcante na visita ao Convento de Santo Domingo é San Martin de Porres (1579-1639), ou "Martinho de Lima",  primeiro santo negro da América e primeiro santo peruano. Além de ajudar os pobres, Martinho cultivava plantas medicinais que muito auxiliavam as pessoas nas enfermidades. Grande amigo e colaborador de Rosa de Lima, em uma história parecida com a de São Francisco e Santa Clara, foi canonizado por João XXIII em 1962. O nome original, "Porras", foi substituído por "Porres", por conta do sentido pejorativo que há em países lusófonos.  Hoje, é o santo patrono dos católicos mestiços.

San Martin de Porres.

2. Distrito de Miraflores: Miraflores é o bairro que concentra shoppings, restaurantes, bares e os principais hotéis da cidade (à exceção do Sheraton, que fica mais próximo do centro histórico). Por ser uma cidade de trânsito intenso em muitas horas do dia, Miraflores é a melhor opção para os turistas se hospedarem. As maiores atrações do distrito: "Parque Kennedy"Rochedos de Miraflores; Shopping Larcomar; Calle de Las Pizzas (ou ainda San Ramon); Igreja da Virgem Milagrosa; Palácio Municipal; Paseo de Los Pintores.


3. Huaca PucllanaSítio arqueológico com mais de 10 mil anos de história, Huaca Pucllana foi, inicialmente, área dominada por nômades, um centro administrativo e cerimonial de adobe. Posteriormente, o local foi utilizado primeiramente como cemitério pelos waris e depois transformado em huaca, palavra que quer dizer "santuário". A Pirâmide é o ponto mais importante do local. 
A Pirâmide de Huaca Pucllana.  Foto: Carlos HB / Escalada Planetária
 
A cerâmica é um destaque local. Foto: Carlos HB / Escalada Planetária.


Apetrechos antigos. Foto: Carlos HB / Escalada Planetária.

Um show bastante interessante para se curtir em Lima é o "Circuito Mágico das Águas", no Parque de La Reserva (próximo ao centro histórico). Uma bela combinação de águas e luzes faz a alegria dos turistas e populares de Lima. 




O cenário gastronômico peruano, um dos melhores do mundo, tem Lima como importante base. Dois restaurantes destacam-se: o "Central" (Santa Isabel, 376, Miraflores) e o "Astrid y Gaston" (Avenida Paz Soldan, 290, San Isidro)

Para hospedagem, a indicação é Miraflores. O bairro está perto de restaurantes e tem mais fácil deslocamento dentro da cidade.  Fora de Miraflores, o "Sheraton Lima" é um excelente hotel próximo ao centro histórico e tem serviço gratuito de transfer para Miraflores.

Uma curiosidade de Lima: a cidade conta com "touradas" (que hoje contam com forte oposição de ambientalistas e sociedades protetoras de animais), realizadas na Plaza de Acho, entre fim de outubro e início de dezembro. 

Enfim, Lima possui muitos atrativos e vale a visita.

domingo, 25 de setembro de 2016

O VALE SAGRADO DOS INCAS!

O Peru tem muitas atrações turísticas. O "Vale Sagrado dos Incas" é, indiscutivelmente, uma das maiores daquele país. 

Entre Cusco e Machu Picchu, o Vale Sagrado apresenta como principais atrações Ollantaytambo, Pisac, Salinas de Maras e Moray.

Ollantaytambo foi, na época inca, um dos muitos povoados "multifuncionais", ou seja, era um centro administrativo, social, militar, religioso e econômico. É, ainda hoje, a grande atração do Vale Sagrado e, depois de Machu Picchu e Cusco, a maior atração daquela região peruana. Vale dizer que os habitantes da cidade, a mais bonita da região, mantém vivos costumes incas como, por exemplo, na agricultura. O nome da pitoresca urbe faz referência à Ollanta, general inca que se uniu à filha de Pachacutec (o nono e mais famoso imperador inca), contra a vontade dele. É nessa cidade que houve a maior vitória inca sobre os espanhóis também. 

Ollantaytambo. Foto: Carlos HB/ Escalada Planetária
Aspecto da cidade de Ollantaytambo, no Peru. Foto: Carlos HB/ Escalada Planetária
Na parte superior do sítio arqueológico, chamada "fortaleza", encontra-se o complexo mais importante, com várias construções, no qual se destaca o não acabado "Templo do Sol". O Templo do Sol tem uma parede com seis blocos de pedra de grande tamanho, perfeitamente talhadas e encaixadas, o que demonstra a habilidade dos incas em construir. 

Templo do Sol. Pisac. Foto: Carlos HB/ Escalada Planetária.

Curioso também em Ollantaytambo é o "Cerro Pinkuylluna", localizado em frente ao sítio arqueológico. Nele, além de ser possível visualizar formas de figuras humanas, há ainda armazéns agrícolas interessantíssimos, localizados no alto. Coisa nunca antes vista. 

 
Depósitos na montanha. Interessante. Foto:"Presentando el Peru". Saydí Maria N. Romero

Pisac é o segundo sítio arqueológico mais importante da região. O nome advém do vocábulo quéchua "p´isaqa", que quer dizer "perdiz", uma ave comum na região. Aliás, é mister ressaltar que a cidade tem a forma da ave. Também era um povoado multifuncional inca, com centro administrativo e zonas religiosas, urbanas, econômicas e sociais. Construída nas alturas, é um sítio com uma caminhada um pouco cansativa. A preferência dos incas pelas alturas é notável, e tem como razão principal ter menor vulnerabilidade em relação a invasores. Na mesma área, destaca-se "Pisac Colonial", que é um povoado com mercado bastante tradicional e predominância de indígenas. 

Pisac. Foto: Carlos HB/ Escalada Planetária.

Pisac. Foto: Carlos HB/ Escalada Planetária.


Em Pisac, vale atentar para as montanhas ao lado do sítio arqueológico - há ali inúmeros "buracos" que são antigos túmulos incas. Muito interessante. 

Túmulos em buracos próximos à Pisac. Foto: Carlos HB/ Escalada Planetária.

 "Salina de Maras", por sua vez, é um lugar muito interessante. É ali que é produzida uma versão do saudável "sal do Himalaia", só que nos Andes. A paisagem da cooperativa peruana (sim, o local é privado e pertencente a mais de 300 famílias) produtora de sal nas montanhas é belíssima. Na verdade, embora estejam localizadas no "Vale Sagrado dos Incas", as Salinas remontam a época pré-inca. A técnica utilizada no local é a seguinte: a água salgada natural é canalizada para mais de 3 mil poços e colocada para evaporar sob o sol. Após, entra o trabalho dos mineradores, com técnicas muitas vezes rudimentares. Um espetáculo de local.

Salinas de Maras, nos andes peruanos. Foto: Carlos HB/ Escalada Planetária
Por fim, Moray é um lugar bonito e bastante curioso. São terrenos de cultivos circulares de vários andares, preparados pelos incas, cujo objetivo era fazer um laboratório agrícola para testar condições para o cultivo de algumas plantas. Parece um anfiteatro das antigas, mas é verde e agrícola. Fantástico.

Moray. Foto: Carlos HB/ Escalada Planetária
Vale aqui destacar que boa parte dos turistas desconsidera essa região, tal o interesse e a vontade em conhecer Machu Picchu rapidamente, sem roteiros intermediários. Mas é bom que se diga: trata-se de um belíssimo passeio, com sítios muito importantes da história peruana, a exemplo de Ollantaytambo e Pisac, que não podem ser desconsiderados. Somente podem ser desconsiderados caso a viagem se prolongue mais, por outras áreas do país: aí realmente Machu Picchu e Cusco têm prioridade. 

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

CUSCO, A CAPITAL HISTÓRICA E ARQUEOLÓGICA DO PERU!

O Peru tem muitas cidades turísticas - Arequipa, Lima, Trujillos, Iquitos, Ica, Nazca, Cajamarca, Puno, entre outras . Mas talvez nenhuma tão emblemática quanto Cusco.

Desfile da comunidade de Chinchero em Cusco, no Peru, em junho de 2016. Foto: Carlos HB

Cusco, a capital do antigo império inca,  é, não sem razão, a "Capital Histórica do Peru", a "Capital Arqueológica da América" e "Patrimônio Cultural Mundial" pela UNESCO desde 1983.  E uma das cidades mais belas do mundo.

Vista de Cusco, a antiga capital do Império Inca. Umbigo do Mundo.

A urbe peruana tem uma população estimada em 450 (quatrocentos e cinquenta) mil habitantes (dados de 2015).  Desde Lima, são 21 horas de ônibus e 1 hora e 10 minutos de avião. A média de temperatura da cidade varia de 0º a 22º. Em junho, auge das festividades culturais na cidade, a temperatura chega a ficar negativa durante a madrugada, tendo variações de 10º a 16º durante o dia e caindo quando sai o sol.

Cusco está localizada em um amplo vale dos Andes, no qual correm rios pequenos que formam o rio Watanay, que deságua no Urubamba (que fica no Vale Sagrado) que, por sua vez, tem como destino final o Rio Amazonas.  

No início de sua história, a atual Cusco teve o nome de "Aqhamama" (ou "Madre Chicha"). Já na época dos Incas, o nome foi mudado para "Qosqo", cujo significado é "Umbigo do Mundo" (apelido da cidade até hoje).  Qosqo foi a capital de Tawantinsuyo (Estado Inca) e ao mesmo tempo a cidade sagrada mais importante do mundo andino.   

Pachakuteq, o mais famoso Inca, foi quem reestruturou e deu forma de puma à cidade de Cusco. O imperador dividiu a cidade em dois pontos: Cusco de Cima (Hanan Qosqo) e Cusco de Baixo (Urin Qosqo). O centro da cidade era, como ainda é hoje, a atual Plaza de Armas.  

Pachacutec, o mais emblemático imperador inca, homenageado na Praça das Armas de Cusco.
Pizarro, o espanhol conquistador, chegou na cidade em 18 de novembro de 1833, modificando a cidade dos incas.  Mas nada que tirasse do "Umbigo do Mundo" a sua importância social, econômica e política. 

Cusco é o ponto de partida, a "cidade base", para o Vale Sagrado e Machu Picchu. Ou seja, é o destino turístico mais importante e relevante do Peru. A cidade, em si, conta com muitas atrações. Listamos as principais: "La Catedral", a "Plaza de Armas"; a "Iglesia de La Compania (Igreja Companhia de Jesus)" , o "Koricancha'; a "Pedra dos Dozes Ângulos"; o "Museu de Arte Religioso", o "Museu Inka"; o "Museu de História Regional", o "Museu de Arte Precolombino' e o interessante bairro de "San Blas". 

O coração de Cusco é a "Plaza de Armas" (Praça de Armas).  Historicamente, a praça era dividida em duas: a Waqaypata e a Kusipata. Era o centro do mundo andino, de onde partiam todos os caminhos em direção às regiões do Tawantinsuyo. Ali também se celebravam todas as festividades, incluindo o Inti Raymi (Festa do Sol, que depois foi deslocada para Sacshuayman). Antes, só havia palácios por esta praça; com a chegada dos espanhóis, tudo foi destruído e as construções atuais acabaram por refletir um sincretismo entre as culturas andinas e ocidental.

É ali, na Praça de Armas, que residem duas das mais notáveis atrações da cidade, na forma de igrejas, a saber, a "Catedral" e a "Igreja da Companhia de Jesus". São as duas igrejas mais importantes e belas da cidade, cidade esta caracterizada por um número considerável de templos religiosos, principalmente católicos.

A Praça de Armas, com a Catedral de Cusco ao fundo.
A Catedral teve sua construção, que durou 100 anos, iniciada em 1560. Foi erigida sobre o palácio do inka Viracocha. A fachada é renascentista e o interior riquíssimo - são centenas de obras (pinturas) da famosa "Escola de Cusco" em meio a muito ouro e prata. Os principais atrativos da igreja são o coro de cedro, o crucifixo do senhor dos terremotos ("El Senor de Los Tremores"), a pintura de Marcos Zapata chamada "A Última Ceia" e as duas capelas locais, a saber, "El Triunfo" (a primeira igreja) e "Iglesia Jesus, Maria y José" (que retrata a Sagrada Família). Simplesmente imperdível, a igreja cobra entrada e os guias apresentam as atrações, sem possibilidade de fotos. 

A Igreja da Companhia de Jesus, por sua vez, teve sua construção, que durou 17 anos, entre 1651 e 1668, sobre o antigo palácio de Huayna Capac (o "Amarukancha"), o décimo-primeiro inca. Tem também em seu interior muito ouro (destaque para o altar), pinturas da escola de Cusco e janelas de pedra huamanga, 

A belíssima Companhia de Jesus de Cusco.

O Koricancha, também chamado de "O Templo do Sol", ou ainda "Intikancha" (nome original), foi o templo do sol mais importante de todo o Tawantinsuyo. Todos os aposentos estavam dedicados a muitas divindades, como o deus sol, a deusa lua, as estrelas, a mãe terra, a Água, o Arco Íris, o deus Wiraqocha. Também ali se guardavam as múmias dos imperadores incas e suas esposas. Existia também um jardim dedicado ao sol, no qual haviam plantas e animais em tamanho natural, feitos em ouro e prato. Pizarro, o conquistador espanhol, tomou posse do lugar e doou para a ordem dominicana. 

Koricancha.
 De interesse no Koricancha também é a representação "Los Seq´es". Trata-se de uma série de linhas imaginárias que dividiam o território, assim com a sociedade inca. Partiam desde o Koricancha em direção a todas as regiões do Tawantinsuyo, formando a figura de um sol. Sobre estes "seq´es" estavam localizados os adoratórios ou lugares sagrados, atendidos por diferentes famílias reais. 

Los Seq´es.
A maior curiosidade da cidade de Cusco é também uma de suas maiores atrações: trata-se da "Pedra dos Doze Ângulos", localizada em um paredão na rua Hatanrumiyoq, sendo parte do palácio que pertenceu ao inca Roka e que hoje é o "Museu de Arte Religioso". O mesmo palácio já foi palácio de marqueses, arcebispos, etc. 
A pedra maior é a "Pedra dos Doze Ângulos".

O mais emblemático bairro de Cusco é San Blas. É o bairro dos artesãos, com muitos ateliês. Há também restaurantes. A "igreja de San Blas" ("Templo de San Blas", entrada paga) é o coração do bairro e atração mais importante, datando de 1563.As vielas estreitas ajudam a compor o charme do local, um dos mais bonitos de Cusco.

Vielas estreitas em San Blas.

Templo de San Blas.



Dos museus da cidade, quatro se destacam: o "Museo Inka" (Cuesta del Almirante, 103; peças incas são o destaque);  "Museo de Arte Precolombino" (Plaza Nazarenas, 231; tem pinturas, peças de cerâmica); "Museo de Historia Regional" (Calle Heladeros, esq. com Calle Garcilaso; casa do historiador Garcilaso de La Vega, exibe peças de culturas antigas);  e o "Museo de Arte Religioso" (Esq. Calles Hatunrumyoc com Herrajes; pinturas sacras).

Garcilaso. Trecho das obras. Museu de História Regional de Cusco.
Além das atrações turísticas mais conhecidas, vale a pena ainda conhecer em Cusco o mercado local ("San Pedro"). Lá encontra-se produtos típicos, como o pão gigante ("pan chuta de Oropesa"), grande variedade de batatas e milhos, além de artesanatos locais, destacando-se as bonequinhas e os "tauritos de pukara" (amuletos de sorte, colocados nos telhados das casas). 

Entrada do Mercado San Pedro, em Cusco.


As bonequinhas vendidas na região.

O mercado.

Batatas peruanas.
Não poderíamos terminar uma descrição da antiga capital inca sem falar na famosa "Escola de Cusco" ("Escuela Cusqueña").  A "Escola" foi um movimento derivado do desejo dos espanhóis de converterem a população conquistada para o catolicismo. Tinha também como objetivo a difusão do idioma espanhol. Várias pinturas sacras renascentistas foram importadas da Europa, incluindo obras de Peter Paul Rubens, fazendo com que a arte fosse desenvolvida nos povos andinos. Surgiram vários pintores, a maioria anônimos, que representaram, em suas obras, um sincretismo entre a cultura andina e europeia, tendo como pano de fundo imagens cristãs. As representações de Cristo, de Nossa Senhora e dos santos em geral eram utilizadas pelos padres nas homilias.

Enfim, Cusco é, culturalmente, a mais importante cidade peruana. Uma visita imprescindível naquele país andino.