Sacsayhuaman (ou Sacsaywanam), nas proximidades de Cusco, é um lugar especial na história inca. É ali que se realizava a Inty Raimi (Festa do Sol), a principal festa daquele povo pré-colombiano, no solstício de inverno (21 de junho). É ali também que está a "cabeça do puma" (um dos três animais sagrados dos incas)- lembrando que o corpo do animal é a cidade de Cusco.
O esplêndido local é hoje um dos pontos turísticos mais visitados nos arredores de Cusco. Sacsayhuaman é um complemento perfeito: complementa a forma de puma da cidade de Cusco; e complementa a adoração ao sol juntamente com o templo mais famoso de Cusco, o Qoricancha.
Pedro Sarmiento (1532-1592), historiador e cronista do século XVI, nomeou Tupac Inca Yupanqui (governou entre 1471 e 1493), sucessor de Pachacutec, como o construtor de Sacsayhuaman. O complicado nome desse sítio arqueológico quer dizer "testa franzida".
O lugar foi construído por milhares de homens, que foram se sucedendo ao longo de cinquenta anos. Uma força de trabalho imensa e pujante, que extraiu e carregou, em terrenos inclinados e sobre tronco de madeiras, enormes blocos de pedra calcária (algumas estimadas em mais de cem toneladas).
Curiosamente, algumas pedras foram modeladas - a que chama mais a atenção é a em forma de serpente, uma das divindades incas.
A forma de serpente é marcante neste conjunto de pedras de muitas toneladas. |
É um passeio realizado a partir de Cusco, junto com outros sítios arqueológicos, que fazem parte do "Parque Arqueológico de Sacsayhuaman" (são mais de 30 sítios arqueológicos nesse parque), localizado 3 quilômetros ao norte da capital inca, sendo os principais, além do aqui relatado, os de Qenqo, Puka Pukara e Tambomachay.
Qenqo (Q´enqo, Kencco, Kenco) é uma palavra quechua que significa "labirinto". Era um centro cerimonial inca dedicado à Pachamama (ou Mãe Terra), mas que tinha também funções agrárias e astronômicas. Destaque para o altar, no qual se fazia ritos fúnebres.
Altar usado pelos incas para rituais, em Q´enqo. |
Puka Pukara, por sua vez, quer dizer "forte vermelho" em quechua. Foi um centro com funções religiosas, sociais e econômicas. Pela sua localização, foi também um ponto de vigilância e controle de trânsito. Tem também lugares para cultos e cerimônias.
Puka Pukara. |
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Tambomachay. |