terça-feira, 29 de maio de 2012

CONCORDE - O SUPERSÔNICO

Concorde. O mito. O avião mais famoso de todos os tempos.

Aproveitando a visita à paradisíaca Barbados, não poderia deixar de conhecer e apreciar a mostra permanente denominada "Barbados Concorde Experience", localizado no aeroporto Grantley Adams. Aliás, Barbados, o país caribenho que possuía uma rota a partir de Londres aos sábados no inverno, é um dos cinco países onde se é possível ver o Concorde - os outros são Reino Unido  (em 07 endereços); França (em 04 endereços); Estados Unidos (03 endereços) e Alemanha (01 endereço). Ressalta-se que apenas 20 (vinte) aeronaves supersônicas foram produzidas, sendo que apenas 14 (catorze) ficaram em operação.

O projeto para um avião supersônico (aquele que tem velocidade acima do som - aproximadamente 343 m/s) iniciou-se ainda em 1956, sendo que, já em 1960 a British Airways aceitou a primeira reserva para a primeira viagem, que seria realizada ainda nove anos depois (1969). Outro marco importante, e que definiria as duas empresas que operariam o Concorde, foi 1962, ano em que os governos britânico e francês anunciaram a assinatura de um tratado para o desenvolvimento conjunto da imponente aeronave.

O supersônico voou, comercialmente, de 1976 a 2003. Os dois primeiros voos comerciais do Concorde foram as rotas Londres - Bahrein (British Airways) e Paris-Rio de Janeiro (Air France). Antes do primeiro voo comercial, foram realizados cerca de 5.000 horas de teste, o que torna o Concorde o avião mais testado da história da aviação.

Concorde da British Airways exposto no aeroporto de Barbados
O Concorde voava na troposfera, que é uma camada acima da estratosfera. Em um dia claro, era possível ver a curvatura da Terra. A estrutura do avião tinha que lidar com variações bruscas de temperatura - -45º C, quando estava em velocidade subsônica, e +140 º C, em velocidade supersônica.

Outro detalhe digno de nota: devido à altíssima altitude do Concorde (60.000 pés, o que equivale a 18.300 metros), e a aerodinâmica de suas asas, praticamente não se sentiam os impactos das turbulências (um sexto das turbulências sentidas por aviões subsônicos).

A velocidade do Concorde - cerca de 2.150 km/h - permitiu ao cantor Phil Collins fazer shows em dois continentes separados pelo Atlântico em apenas um dia - rota Londres/Nova Iorque (Show "Live Aid", em benefício da África). O avião gastava pouco mais de três horas para ir de Nova Iorque a Londres. De Barbados a Londres, em voo que acontecia nos sábados de inverno, quatro horas era o máximo de tempo da viagem.

A passagem aérea era caríssima - a rota Londres-Barbados custava, em média, 8.000 dólares, só a ida.

O nariz curioso do avião, rebaixado, tinha como função permitir a visibilidade dos pilotos para o pouso e decolagem. Aliás, na visita que fiz ao Concorde, pude perceber que dentro do famoso avião tudo era bem pequeno, inclusive a cabine de comando. A quantidade de botões e mecanismos impressiona também - mal cabiam o piloto e co-piloto.

Em seus mais de 50.000 voos, a nota triste fica por conta do trágico acidente ocorrido em 2000, no aeroporto Charles de Gaulle em Paris, ainda na decolagem, matando todos os tripulantes e passageiros (mais de cem, no total). As causas ainda são uma incógnita, mas na época acreditavam ser um peça de um DC 10 da Continental Airlines, solta na pista, a vilã da história. Tempos depois, outras causas foram levantadas - grande quantidade de combustível, excesso de bagagem, condições do tempo (vento), dentre outras, mas não há uma solução definitiva para o caso.

O fim das operações, em 2003, coincide com a crise da aviação gerada pelos acontecimentos de 11 de setembro de 2001 (a queda das "torres gêmeas" do World Trade Center em Nova Iorque), devido à baixa na procura por voos intercontinentais. Vale destacar, além da queda do número de passageiros, que  o custo operacional do avião era altíssimo - uma tonelada de combustível para cada passageiro (que eram 108), em média.

Por fim, vale destacar a citação do Capitão Mike Bannister, que operou a última viagem comercial do Concorde: "O Concorde nasceu de sonhos, foi construído com visão e operado com orgulho. O Concorde tornou-se um lenda hoje".

P.S: As informações do presente texto foram retiradas, em grande parte, do livro "The Concorde Story", de Peter R. March.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Dicas de Sites - Os "passes" pelo mundo

Uma boa dica para os turistas que ficam mais tempo em uma cidade - o que é o ideal - é comprar os "passes",  cartões que geralmente dão direito a uma boa quantidade de atrações e ainda o uso dos transportes públicos.

Vejamos uma compilação bem completa (talvez a mais completa já feita), realizada por mim, de sites dos "passes" pelo mundo, que possuem todas as informações necessárias aos turistas. Vale lembrar que alguns valem mais a pena que outros, é preciso ter atenção e saber usá-los (ou não, caso fique pouco tempo no local):


ATENAS: Há notícia da existência de um "cartão especial", mas não há site.

ATLANTA: www.citypass.com/atlanta





COPENHAGUE: http://www.europeancitycards.com/citycard.asp?id=86&cur=78

CRACÓVIA: http://www.europeancitycards.com/city.asp?id=171&cur=170

DISNEY: http://disneyworld.disney.go.com/tickets-passes/

DUBLIN: http://www.dublinpass.ie/

DUBROVNIK: http://www.europeancitycards.com/city.asp?id=46&cur=45

DURBANhttp://seedurbanpass.iventurecard.com/durban-tourist-attractions/

EDIMBURGO: http://www.edinburgh.org/pass/attractions/

ESTOCOLMO: http://www.europeancitycards.com/city.asp?id=235&cur=228

FLORENÇA: http://www.firenzecard.it/?lang=en

FRANÇA : http://int.rendezvousenfrance.com/en/about-france/french-city-passes

GENEBRA: http://www.europeancitycards.com/city.asp?id=294&cur=293

GOTEMBURGO: http://www.europeancitycards.com/city.asp?id=229&cur=228

HELSINQUE: http://www.europeancitycards.com/city.asp?id=339&cur=105

HONK KONG: http://seehongkongpass.iventurecard.com/

HOLLYWOOD: www.citypass.com/hollywood













domingo, 20 de maio de 2012

NOVO BLOG

Amigos leitores do blog,

Para quem se interessa por cinema, a "sétima arte", venho por meio deste post anunciar um novo espaço da "Escalada". É o "Escalada Cinematográfica", que contará com resenhas de filmes de todos os gêneros, além de notícias ligadas à área.

O novíssimo blog foi concebido a partir das resenhas de filmes contidas no blog "Escalada Planetária", que, por sua vez, continuará firme no propósito de trazer tudo sobre destinos e dicas de viagens.


Espero que gostem do novo espaço! Aguardo comentários e debates sobre os filmes!

Carlos

domingo, 13 de maio de 2012

AMADEUS ("PETER SHAFFER´S AMADEUS - DIRECTOR´S CUT", 1984)


Viena. Império dos Habsburgo. Nesse contexto histórico, ganhou notoriedade um dos grandes gênios da história da humanidade: Wolfgang Amadeus Mozart.

"Amadeus", longa que estreiou nos cinemas do mundo todo em 1984, é o maior sucesso das carreiras do diretor Milos Forman e do ator F. Murray Abraham, que encarnou Antônio Salieri, o invejoso inimigo de Mozart no filme.

O título "Amadeus" deriva do nome adotado por Mozart. É o nome do meio do artista, tradução de seu nome de batismo "Theophilus" para a língua latina.

O filme, em si, é espetacular. Não à toa, ganhou 08 (oito) oscars, sendo um dos campeões da história do "Academy Awards".

O brilho da película, além da impecável direção de arte e de seu figurino fantástico (igualmente laureadas com o Oscar), vai ao encontro da atuação de F. Murray Abraham, corretamente agraciado naquele ano pela  Academia de Hollywood como melhor ator. É impressionante a encarnação do personagem Antônio Salieri por Abraham, sendo uma das  mais destacadas atuações do cinema em todos os tempos.

O filme perpassa a vida do gênio, desde as suas primeiras aparições na corte vienense até a sua morte. Uma vida regada a muita genialidade (é um dos maiores compositores clássicos de todos os tempos), mas também a muitos erros (em um dado momento, o genial compositor abandona a esposa para viver a esbórnia no período noturno). Tom Hulce, embora não tenha vencido o prêmio máximo do cinema, faz o papel brilhantemente também, com uma risada característica que certamente arrancará muitas gargalhadas do espectador.

Vale ressaltar que a película é baseada em uma peça teatral escrita e idealizada por Peter Shaffer. Assim, devemos abrir uma licença poética para o autor, que introduz na peça (e no filme, dela derivado) um Salieri bem mais maldoso do que os relatos históricos dizem. Salieri, sem dúvida, foi um fracassado em comparação à Mozart, mas não há provas históricas de que tenha prejudicado tanto assim o "gênio de Salzburg".

Mas a delícia do filme está justamente no contraponto estabelecido entre Salieri e um muitas vezes ingênuo Mozart, notadamente no que concerne às artimanhas e maldades do italiano invejoso, que perpassam todo o filme, produzindo momentos bastante interessantes e convincentes.

Vale lembrar que existem disponíveis duas versões do filme: a primeira, com o original lançado em 1984 e a outra, com a versão do diretor ("director´s cut"), com 20 minutos a mais de projeção (essa que aqui foi comentada).

Enfim, trata-se de um dos grandes filmes da história da cinema, que merece sempre ser visto e apreciado.

Cotação: **** (muito bom)

terça-feira, 8 de maio de 2012

SANTUÁRIO DO CARAÇA, UM PASSEIO IMPERDÍVEL DA ESTRADA REAL

O Caraça

A representação do "Calvário" , a "Via Sacra" no Caraça.

Minas Gerais tem diversas atrações imperdíveis, notadamente ligadas à natureza e a sítios históricos.

A "Estrada Real", e seu famoso circuito, é, talvez, a marca mais expressiva do turismo mineiro. E o Santuário do Caraça é justamente um dos baluartes desse impressionante circuito. 

Trata-se de um dos melhores passeios a serem realizados tipo "bate-e-volta" de Belo Horizonte, que dista 120 km do Santuário (acesso a partir da BR - 381).

E a particularidade do Caraça é que ali unem-se história e natureza em uma experiência fascinante.

Vale advertir que o Caraça tem horário de funcionamento para quem vai fazer o passeio estilo "bate-e-volta": vai das 7 horas da manhã até as 17 horas da tarde.

O Santuário fica perto de cidades e povoados históricos, a exemplo de Santa Bárbara (município ao qual pertence o Santuário), Barão de Cocais e Cocais.

O Caraça, impende ressaltar, está localizado na Serra do Espinhaço, e é uma "Reserva Particular do Patrimônio Natural" (RPPN).

Placa em frente ao Santuário do Caraça.

Tem esse nome em alusão à formação rochosa que parece uma cara de gigante adormecido.

A "caraça" do gigante. Observe a testa, o nariz, a boca e o queixo.

A "Província Brasileira da Congregação da Missão", que  administra o "Santuário", é constituída basicamente por padres Lazaristas. Segundo informações de um guia local, atualmente quatro padres moram no local.

Breve histórico do Santuário

Historicamente, o marco inicial do "Caraça" é 1770, ano em que o Irmão Lourenço chegou ao local. Nove anos depois, em 1779, Lourenço construiu a primeira capela no local. Há de se ressaltar que, no início, o Caraça servia, na verdade, para hospedagem de tropeiros da Estrada Real.

Alguns anos após, Irmão Lourenço deixa o local como herança para D. João VI que, por sua vez, escolhe a Congregação da Missão (padres lazaristas) para gerenciar o santuário.

Em 1820, os padres lazaristas fundam o colégio e o seminário, referência nacional em matéria de educação por muitos anos. Ali baluartes da política nacional estudaram, a exemplo do ex-Presidente Afonso Penna.

Marco importante foi a construção da Igreja Nossa Senhora da Mãe dos Homens, entre 1876 e 1883, em substituição à antiga capela, em estilo neogótico. Aliás, foi a primeira igreja neogótica construída no país.

Fato histórico importante ocorreu em 1968. Nesse ano, um grande incêndio destruiu o prédio do antigo colégio.

Após, em 1989, o prédio, restaurado, foi transformado em centro cultural, reunindo museu e biblioteca com um belo acervo histórico.

As trilhas e o contato com a natureza da Reserva.

O Caraça permite o contato com sua rica natureza através de inúmeras trilhas, algumas de relativa facilidade, outras nem tanto.

A trilha da Cascatinha, distante 2,5 km da sede do Santuário, é talvez a mais fácil. Forma praticamente uma estrada perfeita, e, ao final, o visitante é recompensado com uma das mais belas cachoeiras do local. É a minha favorita.

Cascatinha
Já a trilha da Bocaína pode ser considerada de nível médio de dificuldade, muito embora os guias locais consideram-na fácil.  Média porque, em muitos trechos, é possível observar a combinação pedras(daquelas que provocam acidentes perto de oceanos) e água, o que torna o ambiente escorregadio. Recomenda-se muito cuidado, para se evitar acidentes. É uma trilha que requer pelo menos três horas de caminhada, já que dista 5,5 km da sede. Em tempos chuvosos, a dificuldade aumenta sobremaneira, sendo às vezes impossível completar a caminhada.

O "Caraça", visto da Pedra da Paciência. Trilha da Bocaína.

Aspecto da Bocaína.
De nível mais complexo, a trilha para a Cascatona exige mais dos aventureiros.  É uma trilha pesada, com muitas subidas íngreme. Na época das chuvas, também é impossível chegar lá. A Cascatona é a maior cachoeira do parque - 80 metros de descida, que redundam em uma boa piscina natural.

Trilha plana e fácil de ser percorrida é a que conduz ao Tanque Grande. É um passeio relativamente tranquilo, em meio a um arvoredo bonito, e dista apenas 2 km da sede.

Além dessas trilhas, temos ainda os Taboões; o Banho de Belchior (corredeira que forma uma piscininha natural); a Prainha (trilha recomendada até para crianças, de nível fácil - no mesmo caminho da Cascatinha, há placa indicativa para o local); o Banho do Imperador (diz a lenda que D. Pedro II se banhou por ali); e a difícil trilha para a Gruta de Lourdes (3 km e íngreme).

Os picos do Caraça - Inficionado e Sol - exigem bastante dos denodados aventureiros - são árduas caminhadas até o topo. Só para atletas profissionais e amadores semiprofissionais.

Outras atrações do Caraça.

Conforme o relato histórico linhas atrás, o Caraça apresenta-nos outras atrações, além das belezas naturais já ressaltadas.

A igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens é de uma beleza ímpar. É a primeira igreja neogótica do país. Nela, destacam-se imagens de santos, o belo teto, a santa ceia, os belos vitrais e o fabuloso órgão centenário.

Igreja Nossa Senhora da Mãe dos Homens. Caraça.

Os belos vitrais da igreja do Caraça.

Mas uma história bem intrigante se destaca nessa igreja. É o "Corpo de São Pio Mártir". Segundo informações colhidas no local, o corpo, envolto em cera, foi uma doação da Santa Sé ao Irmão Lourenço, sendo uma relíquia autenticada pelo Vaticano.




Corpo de São Pio Mártir. Caraça.
Perto da igreja, e do relógio de sol do Caraça, existem as catacumbas, um lugar mórbido.

Catacumbas do Caraça.
O antigo Colégio, consumido pelas chamas de 1968,  hoje abriga um museu bastante interessante e uma biblioteca rica em volumes - são cerca de 30.000 livros. No museu, destaque para as camas usadas por D. Pedro II e Tereza Cristina nos idos do século XIX. Outras relíquias históricas podem ser vistas no local.

A cama imperial. Caraça.

Todo visitante acaba assistindo um vídeo contando a história do Caraça. É uma oportunidade para entender a fauna do local, rica em cobras peçonhentas (cascavel é uma das mais comuns), aranhas, pacas e coelhos-do-mato.

O "lobo-guará", espécie em extinção, é uma das atrações das noites frias do Caraça. É possível vê-lo se alimentando nas proximidades da escadaria da igreja.

No Santuário, vale mencionar, e para quem quiser curtir as inúmeras trilhas do local com mais tempo, existe ainda uma hospedaria.

Enfim, o Caraça é um dos passeios mais interessantes da Estrada Real e vale a visita, principalmente pelo ar puro que dali emana!

terça-feira, 1 de maio de 2012

BARBADOS, CARIBE COM CONTEÚDO!



1. Informações gerais 
O Caribe sempre foi uma região que me atraiu intensamente, notadamente pela beleza de suas águas, famosas pela sua transparência - o famoso "azul turquesa" ou "azul-caribe".

Barbados é uma jóia dessa região que vai além da beleza das praias e de suas águas diáfanas, uma vez que conta com raízes culturais, história e povo - os barbadianos ou bajans -bastante interessantes.
A bandeira de Barbados.
Barbados é o país mais oriental do Caribe. Está localizado próximo a outras ilhas, a exemplo de Santa Lúcia, Granada, São Vicente e Granadinas, Martinica e Trinidad e Tobago. Esses países formam as chamadas "Ilhas Windward".

Barbados fica no Caribe, mais ao sul e próximo da América do Sul.
Fonte: The World Factbook, CIA.



O mapa de Barbados. Bridgetown é a capital e principal cidade.
Fonte: The CIA World Factbook.

A ilha, também chamada de  "The Rock" ("A Rocha"), é a única dessa região que não tem formação (origem) vulcânica. Foi formada a partir de sedimentações de recifes de corais. É fácil observar que a ilha é toda cercada por recifes de corais, formando até mesmo curiosas ondas no meio do oceano.

O país não é dividido em estados - lá, existem as "paróquias" ("parishs"), que são onze no total. Todas invocando nomes de santos, exceto a de "Christ Church".

O barbadiano é conhecido também como bajan. Há um predomínio absoluto de população na cor negra, fruto das raízes históricas do local, que adiante serão esmiuçadas.

Embora independente, a Rainha da Inglaterra ainda é chefe de estado na ilha. O país também faz parte da "Commonwealth", a Comunidade Britânica das Nações, o que demonstra os laços existentes com a terra da Rainha.

A população do país gira em torno de 300.000 habitantes. Embora pouco populoso, é muito povoado (é o sétimo país mais povoado do mundo), pois conta com uma área de apenas 431 km quadrados.

A capital é Bridgetown. Lá é possível se sentir em uma cidade grande, mesmo com pequena população, já que a pequena área contribui para uma maior densidade populacional, conforme ressaltado alhures. E é na capital que isso é mais sentido em Barbados. Na área principal, temos a impressão de estarmos em São Paulo, tanto é o contingente populacional ali inserido. É interessante um país superpovoado!


Prédio do Parlamento no centro de Bridgetown.

Além de Bridgetown, três outras cidades se destacam: Holetown, Speighstown (histórica e antiga capital) e Oistins.

Ressalta-se que é bastante grande o número de carros existente na ilha - 150.000 (uma média de um carro para cada duas pessoas), o que faz com que o trânsito por vezes possa se tornar intenso. Mas, tendo em vista que as horas do "rush" são entre 07 e 09 da manhã e 04 e 06 da tarde, é fácil circular na ilha entre 09 da manhã e 03 da tarde.

A moeda local é o dólar barbadiano (1 USD = 2 BD).

A língua oficial é o inglês. A maioria não entende nem mesmo o espanhol. Conheci uma barbadiana que fala um português perfeito, mas é raro quem saiba falar o nosso vernáculo.

2. A história

Barbados é um país cuja história remonta ao século XVII. Nessa época, segundo a crença mais difundida, os portugueses foram os primeiros colonizadores a avistarem a terra, denominando-a Barbados em razão da existência de inúmeras árvores "barbadas", aquelas com cipós caídos, existentes no local. Existem outras histórias para explicar esse curioso nome da ilha, mas essa, convenhamos, é a que mais se aproxima da realidade, pois o nome é bem parecido com o nosso vernáculo.

Mas, embora tenham avistado a ilha, não foram os portugueses os responsáveis pela colonização do país, mas sim os ingleses.

Assim, os britânicos, por volta de 1650, implantaram nas terras bajans a agricultura baseada no cultivo da cana-de-açúcar. St. Nicholas Abbey, ainda hoje existente e um dos principais pontos turísticos da ilha, remonta à essa época.

A história desse pequeno país caribenho em muito se assemelha à história do Brasil, notadamente a do Brasil-Colônia, cujo base da economia era o cultivo da cana-de-açúcar e a escravidão era utilizada como mão de obra.

Em Barbados aconteceu o mesmo. Utilizou-se bastante trabalho escravo nas lavouras de açúcar.

A escravidão perdurou até 1838, ano em que foi abolida - 50 anos antes da  brasileira.

Anteriormente ao fim da escravidão, outro fato digno de nota foi a "Rebelião de Bussa", ocorrida no ano de 1816. Bussa foi um líder negro dessa rebelião, a primeira nas Índias Ocidentais. É um líder com paralelo de luta da que foi protagonizada por  Zumbi dos Palmares no Brasil. Hoje, Bussa é considerado um dos dez heróis nacionais do país. Inclusive o feriado dos heróis nacionais foi comemorado justamente em 28 de abril, último dia de nossa estada na ilha barbadiana.

Em 1961, o país ganhou relativa autonomia da Inglaterra, em um processo que se aproxima do que temos hoje para outras ilhas do Caribe, em relação à Holanda - Curaçao é um exemplo disso.

Ato posterior, na própria década de 60, mais precisamente em 30 de novembro de 1966, impulsionado pelo crescimento da economia com investimentos estrangeiros em turismo, o país ganhou a sua independência.

3. O povo

O povo barbadiano, de todas as viagens já feitas, é, de longe, o povo mais agradável de se conviver.

Receptivos, educados, amigos. Em várias situações, no mínimo sinal de que estávamos perdidos, sempre aparecia um bajan pronto a nos ajudar. Mesmo sem a nossa requisição, lá estavam eles dispostos a explicar os melhores caminhos.

Barbadianos andando em família em Oistins, Barbados
O carinho das mães para com os filhos é digno de nota. Famílias bastante unidas são a tônica do comportamento barbadiano.

Vale aduzir, também, o valor que os barbadianos dão para os simples cumprimentos do dia a dia, coisa que muitas vezes fica esquecida em outros países: "good morning" ("bom dia"), "thank you" ("obrigado") e "you´re welcome" ("de nada"), são recorrentes.

Interessante destacar que o país conta com o melhor "Índice de Desenvolvimento Humano" da América do Norte e Central, excetuando-se Estados Unidos e Canadá, ocupando a 47ª posição nesse ranking de mais de 200 países. Para se ter uma idéia, o Brasil ocupa apenas o 85ª lugar. A posição nesse ranking garante ao país a alcunha de "desenvolvimento humano muito alto" ("very high human devolpment").

Assim, não há miséria no país. Todas as crianças estão nas escolas. O índice de analfabetismo é praticamente inexistente.

4. As praias

É impressionante a quantidade de boas praias existentes em Barbados.

Mas, seguramente, destaco quatro praias para o deleite dos turistas - e dos barbadianos também: Mullins Beach, Enterprise Beach (também chamada Miami Beach), Dover Beach e Crane Beach.

São, sem sombra de dúvida, as quatro melhores praias de Barbados.

Mullins Beach, localizada próxima à Speighstown, além da belíssima cor de suas águas, conta com um restaurante bacana para se degustar um "flying fish", o prato típico bajan: é o 'Mullins Restaurant". É imperdivel tomar uma cervejinha "Banks" com toda aquela visão deslumbrante do local. Não há praticamente ondas.
 
A espetacular água "azul-caribe" de Mullins Beach.


Miami Beach, próxima à Oistins, tem um pedaço de boa extensão em conjunto com outra área pequena que forma uma piscina natural. Nessa área menor, concentra-se a maioria dos barbadianos, sendo uma das praias preferidas dos nativos. No outro lado da mesma enseada, temos uma porção maior de areia, igualmente bela. As águas são tão tranquilas que é possível ir nadando de um lado ao outro.

A belíssima Miami Beach, praia preferida dos nativos.


A Dover Beach está localizada nas proximidades de St. Lawrence´s Gap, a rua dos restaurantes e bares de Barbados (uma espécie de "Rua do Mucugê" barbadiana). É uma praia pequena, mas também bastante interessante para ficar, já que não há ondas significativas no local.

Dover Beach, Barbados.

A "Crane Beach" é a praia mais bonita, visualmente falando, de Barbados. Tem a melhor e mais bonita areia, um verdadeiro "talco" na cor rosa. É uma praia em que se pratica também, nos finais de semana, o "body boarding", uma vez que possui ondas. Mas, apesar das ondas e correntes marítimas, muitos turistas e locais gostam de "furar a onda" no local.

Além das quatro citadas anteriormente, merece menção "Bathsheba" que, embora seja voltada para o Atlântico e com ondas perigosas, é bastante interessante de se ver e fotografar, dada a beleza da paisagem, formada muitas vezes por pedras gigantescas. Os sáfaris do "island safari", "ted tours" ou "johnson tours" passam por ali.



Bathsheba, Barbados

5. Atrações imperdíveis

Várias atrações fazem de Barbados um destino além das praias. Vamos a eles.

5.1 Harisson´s Cave.  É, em minha opinião, o passeio mais bacana de Barbados. Não é todo dia que o turista tem um contato tão especial com uma caverna tão magnífica. A estrutura do local, reformada em 2010, é digna de nota, com uma deslumbrante vegetação e uma possibilidade de acesso a todos, inclusive idosos e deficientes. O passeio começa com um vídeo de dez minutos, que conta toda a história geológica da ilha (lembrando que a formação da ilha não é vulcânica, como a esmagadora maioria das ilhas do Caribe) e termina com um passeio de quarenta minutos por dentro da caverna, em dois carrinhos com capacidade para dezesseis pessoas cada, onde, além de observar lindas estalactites (formações rochosas que surgem a partir do carbonato de cálcio arrastado pela água que goteja do teto) e estalagmites (as que crescem a partir do chão, pelo mesmo processo envolvendo carbonato de cálcio e água), ainda se vê muita água, incluindo cachoeiras. Leve uma sombrinha e cuidado com a máquina fotográfica, pois muita água continua descendo do teto! É um delírio para os amantes da espeleologia! Funciona todos os dias, exceto alguns feriados.


Estalactites. Harisson´s Caves, Barbados


5.2 St. Nicholas Abbey - St. Nicholas Abbey é uma visita bastante importante em Barbados: trata-se da mais antiga "plantation house" do país, datando de 1650. Conforme dissemos alhures, a economia da ilha sempre foi baseada no açúcar, e St. Nicholas é referência. Além de conhecer a casa, com suas relíquias mobiliárias, o visitante ainda assiste o vídeo gravado na década de 30 pelo Coronel Cave, um dos mais ilustres proprietários da casa. A propriedade conta ainda com jardins maravilhosos e animais interessantes. E ainda produz um rum bastante apreciado.

Nota importante: St. Nicholas fecha aos sábados.




St. Nicholas Abbey. Barbados.
Tonéis de rum na St. Nicholas Abbey. Barbados.

5.3 Barbados Concorde Experience - Outra experiência bacana em terras barbadianas. O Concorde, aposentado desde 2003, tem exposição em vários países - mais precisamente EUA, Alemanha, França, Inglaterra - mas, em nenhum desses lugares, a visitação é tão fácil quanto em Barbados. Em Barbados, o aeroporto é de fácil acesso. O passeio em si é bem legal. Tivemos a oportunidade de ter uma guia só para a gente. Primeiro, ela nos mostrou uma exposição acerca do concorde, com vários apetrechos usados dentro do avião. Após, subimos na maravilhosa aeronave, e assistimos um vídeo de dez minutos, além das várias fotografias no apertado avião. Conhecemos inclusive o bagageiro e a cabine apertada dos pilotos. Após a descida, tivemos a oportunidade de ver uma simulação de decolagem bem bacana. É um passeio legal, custa 20 dólares por pessoa.

A guia do programa nos deu inúmeras informações, que serão motivo de um post específico sobre o tema. Mas desde já, duas curiosidades podem ser trazidas à baila: primeiro, como era cara a passagem - apenas a ida de Londres a Barbados custava o equivalente a 8.000 dólares; segundo, o avião fazia o roteiro Londres-Barbados aos sábados.

Detalhe curioso: ao lado do Concorde, existe um avião que foi produzido em Barbados - diga-se, o único! É o Thorpe T-18, que voou em 1973.





O interior apertado do Concorde. Pouco mais de 100 lugares.



Avião construído em Barbados. Thorpe T-18.


5.4 Apreciar o Rum barbadiano- A Mount Gay Rum é a fabricante de rum mais antiga do mundo, datando o início da produção do ano de 1703. O Rum é a bebida nacional barbadiana, existindo inúmeros "rum shops", similares a botecos no Brasil, para ser apreciada. Especificamente a Mount Gay conta com quatro tipos de rum: 1703, Extra Old, Eclipse e Eclipse Silver.
Existe um tour específico de degustação em sua sede localizada no perímetro urbano de Bridgetown, oferecido pelas agências de turismo locais.

O rum barbadiano, bebida produzida a partir da fermentação de açúcar e derivados, é considerado um dos melhores do mundo, devido à sua leveza e sabor acentuados.

Um drink com rum e frutas, bastante apreciado em Barbados, é o "rum punch".


 5.5 O festival do "peixe voador" - Para uma noitada bacana, a sugestão fica para o imperdível "Oistins Fish Fry", onde barbadianos e turistas aproveitam as inúmeras barraquinhas para conversar e experimentar os deliciosos pratos, como o "flying fish", o "peixe-espada" ou o "king fish".  O festival acontece todas as sextas-feiras, e para animar muita música barbadiana.

Prato de "flying fish" servido no festival de Oistins. Barbados.


5.6 Bridgetown - A capital barbadiana tem vários pontos de interesse. O destaque fica por conta do prédio do Parlamento. Além do Parlamento, destacam-se a Chamberlain Bridge, a National Heroes Square e a Synagogue. E também tem alguns "outlets" interessantes.


Parliament Buildings, Bridgetown, Barbados.

5.7 Cerveja em barbados - A única cerveja típica de Barbados é a "Banks". Os barbadianos apreciam muito também a "Carib" e a "Mackeson" (cerveja preta), ambas produzidas em Trinidad e Tobago.

Cerveja Banks, tipicamente barbadiana.

Cerveja "Carib", de Trinidad e Tobago
5.8 Compras "duty-free" - Barbados conta com lojas duty-free em vários pontos do país. Citamos alguns: em Bridgetown, na Broad Street (Cave Shepard e Harisson´s); em Holetown, no Limegrove (shopping com algumas marcas famosas); no "The Crane", em algumas lojas (Cave Shepard, Colombian Esmeralds); no aeroporto Grantley Adams, em várias lojas.


5.9 Outros passeios - Além desses passeios acima citados, destacam-se ainda: o "Barbados Wildlife Reserve", para observação dos "macacos verdes" ("green monkeys"), o "Andromeda Botanical Gardens", o "Atlantis Submarine" (observação da vida marinha dentro de um submarino a quarenta metros de profundidade), o passeio de catamarã para observação das tartarugas marinhas e  a "Sunbury Plantation House". São tantas opções que duas semanas de estada no país não seriam suficientes!

6. Onde ficar na ilha.

Barbados é um país em que não se anda a pé. É praticamente impossível andar a pé por mais de quatro quarteirões no país, seja pelas distâncias entre as atrações, seja pela falta de passeios seguros para a caminhada.

Dessa forma, a escolha do hotel deve ser feita de acordo com o bolso: com economia, com conforto e com luxo, parodiando a revista "Lonely Planet".

 O "The Crane Residential Resort", na região sudeste da ilha, é, sem dúvida, uma excelente opção.

Primeiro, porque o hotel é hiperconfortável, com quartos amplos (maiores que a maioria dos apartamentos no Brasil), que incluem até cozinha e dois banheiros. Tem também  ótimos mimos (ligações internacionais gratuitas, sessões de spa e internet grátis estão entre eles), além de um complexo de piscinas invejável e delicioso. O resort ainda conta com a praia de "Crane Beach", acessível facilmente apenas por ele - elevador ou escadas - embora sejam públicas as praias barbadianas, a entrada para a Crane Beach é complicada para os não hóspedes.



Vista do complexo de piscinas do The Crane





Elevador do Hotel The Crane que dá acesso à Crane Beach


O hotel possui ainda quatro restaurantes- um de comida japonesa/tailandesa - "Zen", com vista estupenda do oceano; outro, de comida italiana- D´Onofrios; o "The Carriage House", informal, na beira da piscina; e, por fim, o `´L´Azzure, com comida variada e vista do mar igualmente maravilhosa.

O café-da-manhã, embora com menos opções que os hotelões de redes americanas, é bom, com várias opções de frutas, iogurtes e cereais tipo sucrilhos, além de omelete, bacon e outros produtos feito para o gosto de anglo-saxões.

Realmente o hotel "The Crane" é distante das atrações. Próximo a ele, encontram-se apenas o aeroporto Grantley Adams (10 minutos) e Oistins (20 minutos). Mas aí vem a pergunta: o que não é distante em Barbados? Tudo lá é longe, a ilha é grande (é até um paradoxo, porque ela é pequena se comparada a outros países, mas é grande se comparada a outras ilhas, como St. Martin, por exemplo - Barbados é dez vezes maior!).

Em Barbados talvez uma opção boa para todos, inclusive para os que ficam em hotéis no lado oeste, seja mesmo o aluguel de carros. Assim, fica fácil se deslocar do The Crane para as outras praias da ilha ou atrações no meio ou norte do país. Aliás, fora da hora do rush (entre nove da manhã e quatro da tarde), outros meios de transporte também são válidos.

Outra coisa: em Barbados, o visitante gastará vários dias em visitações a outros locais, a exemplo da "Wildlife Reserve" (sáfari), "Harrison´s Cave", "Bathseba", dentre outros. E o preço para esses passeios é o mesmo, ficando no "The Crane" ou em outro hotel .

Vale tecer alguns comentários adicionais sobre a praia. A "Crane Beach" é tida como de muitas ondas. Mas isso, em minha opinião, vai muito de gosto pessoal : muitos preferem a brincadeira de "furar onda" a ter uma piscina natural. Isso vai de gosto. E a "Crane Beach" em matéria de ondas em nada se diferencia das praias do Rio de Janeiro, por exemplo.

Por fim, cumpre aduzir que, particularmente, gosto de variar de praia. Acho que ficar em uma praia só, durante sete dias seguidos, cansa. E cansa muito. Prefiro conhecer novas praias, novos locais - ou seja, sair do hotel e passear. Mas, repito: isso é gosto pessoal, tem gente que prefere assim...

Enfim, por todas as razões acima expostas, acho o "The Crane" um hotel altamente recomendável. Mas é válido comentar outras opções de hospedagens, tipo "pé na praia azul turquesa".

Perto de "Dover Beach", "Accra Beach" e St. Lawrence´s Gap também existem muitos hotéis (por exemplo, o Divi South Winds, o pé-na-areia Accra Beach e o Turtle Beach,  "all inclusive"). Recomendável para quem quer ficar sete dias seguidos na mesma praia e, à noite, curtir os restaurantes e bares do local. Fica perto também de Bridgetown (não sei até que ponto isso é importante, já que se vai no máximo uma vez à capital, para fazer compras no dutyfree e ver seus monumentos principais rapidamente). É mais fácil se deslocar a partir deles.

A maioria dos hotéis fica na Costa Oeste, voltada para o Mar do Caribe e, por isso, a que possui as praias mais bonitas. Mas, em todos eles, o transporte é necessário.

O Hilton, hotelão de rede da ilha ( o único), fica próximo à Bridgetown, mas eu pude perceber que o deslocamento para fora do hotel só pode ser feito por meio de táxi, já que ele é longe da estrada principal. Uma funcionária de agência de turismo, que estava lá durante minha estada, participando de fam tours, informou-me que o café-da-manhã e o buffet de almoço e jantar (pago à parte) são muito bons.

7. Onde Comer

Barbados conta com opções gastronômicas para todos os gostos e bolsos.

Além dos já citados restaurantes do "The Crane", são restaurantes comumente recomendados e realmente bons o "Waterfront Café", em Bridgetown; o "Champers Restaurant", em Rockley; e o "Daphne´s Restaurant", em Paynes Bay (St. James Parish).

O "Mullins Restaurant", na Mullins Beach, é bom e agradável, com uma visão panorâmica de tirar o fôlego.

A ilha conta ainda com a cadeia fast-food "Chefette", com sanduíches, e a "KFC", com comida baseada em frangos. A "Mc Donalds" não deu certo no país.

8. Transporte dentro da ilha

Dentro da ilha, existem basicamente três opções de deslocamento: aluguel de carro, táxis ou transporte coletivo (ônibus ou van).

Embora pequena, as distâncias são grandes e não é possível andar a pé em Barbados (muitas vezes o passeio some!).

Considero táxis bastante caros dentro da ilha.

Vale a pena observar o aluguel de carro, que geralmente fica mais em conta.

Os ônibus (amarelos, privados; azuis, públicos) e vans ficam lotados na hora do rush. Fora dessas horas (ou seja, entre 9 da manhã e 3 da tarde), andam razoavelmente vazios.


9. Curiosidades

Embora com origens inglesas, o futebol não é um esporte popular em Barbados.

Ali, os principais esportes, também derivados do país colonizador, são o cricket, a corrida de cavalos, o pólo e o golfe.

Curiosamente, o time mais famoso de Barbados é um time multinacional: o West Indies Cricket.

A explicação vem do próprio nome: West Indies. West Indies é outro designativo para Caribe. Engloba todos os países do Mar do Caribe, incluindo ainda Bahamas e Turks e Caicos.

Especificamente este time de cricket engloba todas as nações denominadas "British West Indies" ou, em bom vernáculo, as Índias Ocidentais Britânicas que, além de Barbados, conta ainda, por exemplo, com Trinidad e Tobago, São Vicente e Granadinas, Granada, dentre outras.

Também vale destacar como curiosidade os casamentos celebrados em praias do Caribe. É bastante interessante. Tem tudo: padre, madrinhas, mãe e pai da noiva e do noivo, testemunhas, areia, mar e gente acompanhando tudo nos guarda-sóis!


Casamento na praia Crane Beach

Engraçadas também são as paradas de ônibus em Barbados. Em cada uma delas, há um nome feminino homenageado - foram lembradas, por exemplo, Tina, Mary-Ann, dentre outras centenas de nomes.


Dicas tops para visitantes em Barbados
Logo na entrada, em pleno  aeroporto, temos recomendações engraçadíssimas. Duas delas chamam a atenção: usar roupas apropriadas quando se está andando nas ruas - roupas de praia somente na praia; e a última - não usar roupas camufladas, uma vez que são proibidas. Mas como distinguir uma roupa camuflada? Talvez um exemplo desse tipo de roupa seja a roupa do exército, conforme o desenho no cartaz.

Ao lado, o cartaz "Top Tips for Visitors to Barbados", em foto tirada no dia 21 de abril de 2012, com todas essas dicas engraçadas acima relatadas.

Enfim, é essa ilha bacana chamada Barbados que gostaria de mostrar. Um país caribenho, com alma inglesa, de praias lindas e passeios incríveis, mas sobretudo uma ilha de pessoas amáveis, sorridentes e tranquilas, que vale muito a pena visitar!