sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

OS VINHOS TOSCANOS

A Toscana é uma das principais regiões vinícolas do mundo - ali tudo é propício para o desenvolvimento das uvas e, em decorrência, da viticultura, desde os campos até o clima. Em suma, um paraíso para os  enófilos.

Os principais vinhos da região são o "Brunello di Montalcino", o "Vino  Nobile di Montepulciano", o "Chianti" (representado pelo "gallo nero"), o "Vernaccia de San Gimignano" e os menos reconhecidos "Super Toscanos". 

Destes, apenas o Vernaccia de San Gimignano é branco - o único vinho branco respeitado da região, já que os tintos são os melhores, mais famosos e mais conhecidos internacionalmente. Vale destacar: os brancos não são feitos com uvas típicas da região.

O mais valorizado dos vinhos tintos toscanos é, indiscutivelmente, o "Brunello di Montalcino". A sua produção é cuidadosa: feito inteiramente das uvas sangioveses, é envelhecido por pelo menos 04 (quatro) anos. Das sobras de uvas, é feito o seu "primo" menos famoso: o "Rosso di Montalcino".

No tocante ao Chianti, algumas explicações são necessárias. Primeiro, há de se destacar que "Chianti" era o designativo da região localizada entre o sul de Florença e o norte de Siena - é a zona original. Após, houve uma expansão do nome, para alcançar áreas centrais da Toscana. Hoje, a área original, entre Florença e Siena, é chamada de "Chianti Classico".

A marca do Chianti Clássico. O Galo Negro.


No que se refere aos Chianti, os vinhos clássicos, que possuem o galo negro como símbolo nos rótulos, são considerados os melhores. Todos os vinhos Chianti são regulamentados, sendo obrigatório pelo menos 75 a 80% de uva sangiovese na composição. O mais caro é o que advém do estoque chamado "riserva".

Os barris.


Por sua vez, o "Vino Nobile di Montepulciano" é um intermediário entre o "Brunello" e o "Chianti". É menos ácido que o último e mais suave que o primeiro. Assim como o Brunello, tem uma versão mais barata: o "Rossi di Montepulciano".

Os Super Toscanos são criticados justamente por não terem uma identidade característica toscana - usam uvas de outras regiões, como a "cabernet sauvignon" e a "merlot". A origem dos "Super Toscanos" é a década de 70, época em que muitos produtores revoltaram-se contra as imposições de regulação dos vinhos toscanos. Passaram, com isso, a misturar e a envelhecer vinhos de maneira inovadora. São menos valorizados, mas alguns são muito apreciados, a exemplo do Sassicaia e o Tignanello.

A Itália atribui rótulos de qualidade aos vinhos: o IGT, o DOC e o DOCG.

O DOC (Denominazione d´Origine Controllata) indica que o vinho precisa ser produzido numa região específica, com um regramento próprio, que inclui a variedade de uva e técnicas de viticultura.

Por sua vez, o DOCG (Denominazione d´Origine Controllata e Garantita) é o selo de maior prestígio. Somente 08 (oito) vinhos na Toscana possuem tal honraria (44 na Itália): Brunello di Montalcino, Carmignano, Chianti, Chianti Classico, Morelino di Scansano, Vernaccia di San Gimignano, Vino Nobile di Montepulciano e Elba Aleatico Passito.  São os produzidos em subterritórios de áreas DOC.

Já o IGT (Indicazine Geografica Típica) é a categoria dos supertoscanos. São de alta qualidade, mas não tem as características DOC ou DOCG.

A Toscana, de olho no mercado turístico, criou "stradas del vino". São várias, a exemplo da "Strada del Vino Nobile di Montepulciano" ou " Strada Del Vino Costa Degli Etruschi", que são duas das principais. Todas têm, em comum, mapas, itinerários, sendo possível degustar vinhos em "cantines" ( adegas) e "enoteches" (bares de vinhos). Vale a pena alugar um carro ou mesmo fazer a rota por bicicleta.

Enfim, uma síntese do que há de melhor em vinhos toscanos. Aproveite e curta cada momento de prazer em terras toscanas!

Um comentário:

  1. Excelente artigo!

    Eu sou da Select Italy e gostaria de saber se quer participar na nossa rede de afilaidos no Brasil :)

    Poderá dizer-me como poderei contactá-lo?

    Obrigada!

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