domingo, 13 de maio de 2012

AMADEUS ("PETER SHAFFER´S AMADEUS - DIRECTOR´S CUT", 1984)


Viena. Império dos Habsburgo. Nesse contexto histórico, ganhou notoriedade um dos grandes gênios da história da humanidade: Wolfgang Amadeus Mozart.

"Amadeus", longa que estreiou nos cinemas do mundo todo em 1984, é o maior sucesso das carreiras do diretor Milos Forman e do ator F. Murray Abraham, que encarnou Antônio Salieri, o invejoso inimigo de Mozart no filme.

O título "Amadeus" deriva do nome adotado por Mozart. É o nome do meio do artista, tradução de seu nome de batismo "Theophilus" para a língua latina.

O filme, em si, é espetacular. Não à toa, ganhou 08 (oito) oscars, sendo um dos campeões da história do "Academy Awards".

O brilho da película, além da impecável direção de arte e de seu figurino fantástico (igualmente laureadas com o Oscar), vai ao encontro da atuação de F. Murray Abraham, corretamente agraciado naquele ano pela  Academia de Hollywood como melhor ator. É impressionante a encarnação do personagem Antônio Salieri por Abraham, sendo uma das  mais destacadas atuações do cinema em todos os tempos.

O filme perpassa a vida do gênio, desde as suas primeiras aparições na corte vienense até a sua morte. Uma vida regada a muita genialidade (é um dos maiores compositores clássicos de todos os tempos), mas também a muitos erros (em um dado momento, o genial compositor abandona a esposa para viver a esbórnia no período noturno). Tom Hulce, embora não tenha vencido o prêmio máximo do cinema, faz o papel brilhantemente também, com uma risada característica que certamente arrancará muitas gargalhadas do espectador.

Vale ressaltar que a película é baseada em uma peça teatral escrita e idealizada por Peter Shaffer. Assim, devemos abrir uma licença poética para o autor, que introduz na peça (e no filme, dela derivado) um Salieri bem mais maldoso do que os relatos históricos dizem. Salieri, sem dúvida, foi um fracassado em comparação à Mozart, mas não há provas históricas de que tenha prejudicado tanto assim o "gênio de Salzburg".

Mas a delícia do filme está justamente no contraponto estabelecido entre Salieri e um muitas vezes ingênuo Mozart, notadamente no que concerne às artimanhas e maldades do italiano invejoso, que perpassam todo o filme, produzindo momentos bastante interessantes e convincentes.

Vale lembrar que existem disponíveis duas versões do filme: a primeira, com o original lançado em 1984 e a outra, com a versão do diretor ("director´s cut"), com 20 minutos a mais de projeção (essa que aqui foi comentada).

Enfim, trata-se de um dos grandes filmes da história da cinema, que merece sempre ser visto e apreciado.

Cotação: **** (muito bom)

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