domingo, 1 de abril de 2012

PATTON - REBELDE OU HERÓI? ("PATTON", 1970)

A viagem cinematográfica de hoje vai ao encontro da Segunda Grande Guerra Mundial, mais especificamente ao Norte da África (Tunísia, Marrocos, Argélia) e à Europa. Nesse cenário, exsurgiu um dos maiores nomes da Guerra Mundial: George Smith Patton Jr, General comandante da 3ª Divisão de Exército dos Estados Unidos da América.

O filme começa  com um discurso de Patton que entrou  para o rol das cenas marcantes da história do cinema. Ali, logo no início da história, o personagem nos é apresentado em sua inteireza, com todas as suas idéias e ideais.

Patton, conhecido ainda como "Blood and Guts" ("Sangue e Tripas"), tinha, definitivamente, uma personalidade marcante, às vezes paradoxal, sendo, ao mesmo tempo, amado e odiado pelos seus subordinados. A cena mais chocante do filme, e que traz um marco decisivo nos problemas que o General teve para impor sua força e seus métodos, foi o terrível tratamento dado a um soldado abalado psicologicamente com os contornos da guerra.

O líder do 3º Exército, sem dúvida, apresentou muitos erros, mas também teve suas virtudes. Afinal de contas, em uma guerra, o que conta realmente é a bravura, a coragem, o dom da obstinação em conseguir o resultado. E isso Patton tinha de sobra. Prova disso foi o rápido avanço de suas tropas em território europeu, libertando cerca de 12.000 territórios no velho continente em menos de 02 (dois) anos.

Assim, a ação se desenvolve durante o auge da Segunda Grande Guerra, em um período que se estende de 1943 (época que ainda estava no auge os combates no Norte da África, notadamente contra as forças de Erwin Rommel -o "Africa Korps") até a derrota da Alemanha em território europeu, incluindo a retomada de Palermo (que, segundo o General, foi lugar alvo de vários impérios), Paris, Berlim e outros centros.

É, sem sombra de dúvidas, um grande filme de guerra, com cenas bem realistas e chocantes.

A ênfase que é dada ao personagem é digna de nota, sendo um dos melhores filmes biográficos já realizados. Destaque também para o roteiro original, cuidadosamente trabalhado por quase duas décadas, reconhecido com a premiação no Oscar daquele ano.

E por falar em prêmios, vale mencionar que o filme ganhou 07 (sete) oscars em 1970, incluindo melhor filme, ator (George C. Scott) e direção (Franklin J. Schaffner). George C. Scott, que teve uma atuação irrepreensível como o obstinado general, acabou se recusando a receber a estatueta, afirmando que o prêmio da Academia era, na verdade, uma competição injusta, sendo todos os candidatos merecedores da láurea.

É mais um daqueles filmes para se ver antes de morrer.

Cotação: * * * *

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